O
APARTAMENTO (1960)
Claro que se poderá afirmar
que este “The Apartment”, de Billy Wilder, é uma comédia. Mas de comédia amarga
se trata, na verdade. Pode contar-se a sua intriga sob a forma de anedota
ligeira e divertida: C. C. Baxter (Jack Lemmon) é um dos milhares de empregados
de uma enorme companhia de seguros sediada Nova Iorque, correm os anos 50.
Solteiro e algo desinspirado em matéria de vida para lá da secretária do seu
escritório em “open space”, parece mais interessado nas suas máquinas de calcular
que lhe prometem uma possível promoção e a respectiva subida de andares no
majestoso arranha-céus de Manhattan, do que nas suas experiências amorosas.
Para si, chegar a casa e aquecer uma refeição congelada, é o bastante para
sobreviver. Por isso não se importa de ceder o seu apartamento para as
libidinosas aventuras clandestinas dos seus colegas de trabalho. Muitas vezes
tem de fazer horas no passeio em frente de casa, à espera que a luz do
apartamento se apague e o já saciado casal que nele habitou por empréstimo
durante duas horas desça as escadas, para enfim ele poder subir e passar pelas
brasas até ao dia seguinte. Algumas vezes seca horas ao frio e à chuva,
contraindo as consequentes gripes e constipações, na esperança de que os seus
superiores hierárquicos dêem por terminada a sessão erótica e se lembrem da sua
generosidade quando da futura promoção.
Ele habita o 19º andar, mas
aspira chegar às chefias no 27º. Curiosamente, quem o faz subir literalmente de
andar é a ascensorista Fran Kubelik (Shirley MacLaine), que se afigura uma
discreta e respeitável jovem, de cabelo curto e olhar amplo, por quem Baxter
sente um secreto fascínio. Até aqui a coisa parece prometer um final feliz, com
o casal a aproximar-se, e o ganancioso e moderado arrivista Baxter a redimir-se
pelo amor da jovem donzela. Isto era se não conhecêssemos a ironia crítica e
uma certa dose de perversidade que Billy Wilder sempre empresta às suas obras.
O golpe de teatro dá-se quando Baxter descobre que o seu chefe máximo (Fred
MacMurray) afinal lhe pede a chave do apartamento para ali se encontrar com a
sua predilecta Kubelik, que está perdidamente apaixonada pelo patrão, casado e
pai de filhos, que encontra na bela ascensorista uma interessante maneira de
passar uns momentos de relaxe. O filme, que já não era até esta altura uma
comédia risonha, transforma-se progressivamente numa dilacerante comédia
dramática de maus costumes, onde o poder dita leis e os mais fracos são
triturados pelo despotismo de quem dispõe das melhores cartas para triunfar na
vida.
Baxter nem é um mau
carácter, é antes um pobre diabo solitário que tenta aproveitar-se das
oportunidades que o seu apartamento lhe oferece. A simpática Kubelik está muito
longe de ser a galdéria que manipula o patrão em seu proveito: ela ama-o
verdadeiramente, e espera que o mesmo se divorcie da mulher, como ele próprio
afiança, cantando a bela canção do cigano que todos conhecem. O argumento, da
dupla Billy Wilder e I.A.L. Diamond, está escrito com uma inteligência e
sensibilidade invulgares, mas igualmente com uma irónica amargura que faz deste
cineasta de origem europeia (nasceu no antigo território austro-húngaro, que
tantos talentos ofertou a Hollywood durante o grande êxodo provocado pelo
nazismo) um modelo da perfeita combinação da cultura do velho continente com o
sentido do espectáculo norte-americano. Os diálogos são, como sempre em Wilder,
magníficos, ambíguos e sarcásticos, cheios de duplos sentidos, merecendo bem o
argumento o Oscar que lhe foi atribuído. Wilder também foi considerado o
realizador do ano, e o filme foi o melhor de 1960, na celebração da Academia de
1961. Houve ainda Oscars, todos justos, para a direcção artística (Alexandre
Trauner e Edward G. Boyle) e a montagem (Daniel Mandell). Nomeações ainda para
actores, que não as ganharam, o que parece hoje uma tremenda injustiça (Jack
Lemmon, Shirley MacLaine e Jack Kruschen), para a fotografia a preto e branco
(Joseph LaShelle), belíssima, no seu tom carregado de densas nuvens, ambientes
saturados, avenidas batidas pelo vento e a chuva, e o som (Gordon Sawyer).
A construção do filme é
modelar, na forma como apresenta inicialmente a estrutura, de um jeito de quase
bonomia inconsequente, para progressivamente adensar o clima, criando um
mal-estar moral que se instala. A configuração das personagens é toda ela
brilhante, para o que muito contribuem o talento de Jack Lemmon e Shirley
MacLaine, em portentosos trabalhos de grande complexidade psicológica. O jogo,
não só de cartas, mas de sentimentos, de encontros e desencontros, que se
estabelece entre ambos, ao longo de todo o filme, é um prodígio de rigor, de
contenção emotiva e de disciplina técnica. Jack Kruschen, na figura do Dr.
Dreyfuss, o médico vizinho de Baxter, que lhe pede que legue o esqueleto a uma
instituição médica para ser estudado depois de morto, dado o superior
desempenho sexual que ele julga infatigável, ao longo de tardes e noites de
luta libidinosa paredes meias à sua casa, é outra personagem inesquecível.
Aliás, “O Apartamento” é ainda notável por enfrentar com coragem as directrizes
do código de censura do cinema americano, apresentando alguns temas tabus na
época, como sexo pelo prazer, adultério, tentativas de suicídio, e algo mais. Tudo
isto, tendo como pano de fundo um inverno cinzento que culminará num dramático
Natal que será a mola decisiva que irá desencadear o final, onde, ao contrário
do “happy end” tradicional, se reatará uma incompleta partida de cartas que
talvez afiance que o amor é um jogo onde se pode perder e ganhar, mas que vale
sempre a pena baralhar as cartas e dar de novo.
O APARTAMENTO
Título original: The Apartment
Realização: Billy Wilder (EUA, 1960); Argumento: Billy Wilder, I.A.L.
Diamond; Produção: I.A.L. Diamond, Doane Harrison, Billy Wilder; Música: Adolph
Deutsch; Fotografia (p/b): Joseph LaShelle; Montagem: Daniel Mandell; Direcção
artística: Alexandre Trauner; Decoração: Edward G. Boyle; Maquilhagem: Harry
Ray, Alice Monte; Direcção de produção: Allen K. Wood; Assistentes de
realização: Hal W. Polaire, Angelo Laiacona, David Salven, Mike Vidor;
Departamento de arte: Tom Plews; Som: Del Harris, Fred Lau; Efeitos especiais:
Milt Rice; Intérpretes: Jack Lemmon
(C.C. Baxter), Shirley MacLaine (Fran Kubelik), Fred MacMurray (Jeff D.
Sheldrake), Ray Walston (Joe Dobisch), Jack Kruschen (Dr. Dreyfuss), David
Lewis, Hope Holiday, Joan Shawlee, Naomi Stevens, Johnny Seven, Joyce Jameson,
Willard Waterman, David White, Edie Adams, Bill Baldwin, etc. Duração: 125 minutos; Distribuição em
Portugal: Twentieth Century Fox (DVD); Classificação etária: M/12 anos.
John Uhler Lemmon III, de
seu nome próprio, Jack Lemmon como nome artístico, nasceu a 8 de Fevereiro de
1925, em Newton, Massachusetts, EUA, e viria a falecer a 27 de Junho de 2001,
em Los Angeles, Califórnia, EUA, vítima de cancro. Filho de uma família
abastada, Jack Lemmon estudou em colégios particulares nos EUA e teve um
primeiro contacto com o teatro ainda na escola, ao substituir um colega com
poucas deixas. Mesmo assim, conseguiu transformar a substituição num tremendo
fracasso, esquecia-se de tudo o que tinha a dizer e recolhia envergonhado aos
bastidores, perante as gargalhadas do público. O insucesso não o inibiu e, pelo
contrário, fê-lo apaixonar-se pela arte dramática. Continuou a representar,
enquanto concluía um curso de Ciências Políticas em Harvard. Depois de servir
na II Guerra Mundial, seguiu a carreira de actor, iniciando-se numa série
televisiva “That Wonderful Guy” (1949-1950). No cinema, a sua primeira
aparição, data de 1954, “It Should Happen to You”, de George Cukor. Dois anos
depois, ganha o seu primeiro Oscar (ainda como actor secundário), com “Mister
Roberts”, de John Ford e Mervin Le Roy. Depois, foi uma carreira de enorme
sucesso, na televisão, no teatro, mas sobretudo no cinema. Trabalhou muito com
Billy Wilder e com Richard Quine, em comédias inesquecíveis, e com Blake
Edwards estreou-se como actor dramático, em “Days of Wines and Roses”. Morreu
em 2001, com 76 anos de idade, e foi sepultado no Westwood Memorial Park, Los
Angeles, Califórnia. Possui obviamente uma Estrela no Hall of Fame de
Hollywood.
Dois Oscars : como
Melhor Actor Secundário: 1956: “Mister Roberts”, e como Melhor Actor, em 1974: “Save
the Tiger”; mais seis nomeações para Melhor Actor: “Some Like it Hot”, “Irma la
Douce”, “Days of Wine and Roses”, “Tribute”, “The China Syndrome” e “Missing”. Globos
de Ouro para Melhor Actor em 1960: “Some Like it Hot”; 1961: “Irma la Douce”;
1973: “Avanti!”; 2000: “Inherit the Wind”; Prémio Cecil B. DeMille em 1991 pelo
conjunto da obra. BAFTAS (Inglaterra): Melhor Actor: 1959: “Some Like it Hot”;
1960: “The Apartement”; 1980: “Irma la Douce”; Festival de Cannes: 1979: Melhor
Actor: “Irma la Douce”; 1982: “Missing”; Festival de Veneza: 1992: Coupe Volpi de
Melhor Actor: “Glengarry”; Festival de Berlin: 1981: Urso de Prata para Melhor
Actor “Tribute”.
Filmografia:
Como actor
1949: That Wonderful Guy
(série de TV)
1949: Suspense (série de
TV)
1949: The Philco Television
Playhouse (série de TV)
1949-1950: Studio One
(série de TV)
1949-1953: Kraft Television
Theatre (série de TV)
1950: The Ford Theatre Hour (série de TV)
1951: The Frances Langford-Don Ameche Show (série de TV)
1951: Danger (série de TV)
1951: The Web (série de TV)
1951: Pulitzer Prize Playhouse (série de TV)
1951-1953: Armstrong Circle Theatre (série de TV)
1952: Heaven for Betsy (série de TV)
1952-1953: Robert Montgomery Presents (série de TV)
1953: Campbell
Playhouse (série de TV)
1953: Medallion Theatre (série de TV)
1953: Lux Video Theatre (série de TV)
1954: The Road of Life (série de TV)
1954: It Should Happen to You (Uma Rapariga Sem Nome), de George Cukor
1954: Phffft! (Pffft... é o
Amor Que Se Evapora), de Mark Robson
1954: The Ford Television Theatre (série de TV)
1955: Mister Roberts (Mister Roberts), de John Ford e Mervin Le Roy
1955: My Sister Eileen (O
Prazer é Todo Meu), de Richard Quine
1955: Three for the Show (Há Falta de Homens), de H.C. Potter
1956: Hollywood Bronc Busters, de Ralph
Staub
1956: You Can't Run Away from It (Não Fugirás a Isto), de Dick Powell
1956: Ford Star Jubilee
(série de TV)
1957: Fire Down Below (Fogo
dos Trópicos), de Robert Parrish
1957: Operation Mad Ball
(Nem Guerra, Nem Paz), de Richard Quine
1957: Zane Grey Theater (série
de TV)
1957-1958: Goodyear Theatre
(série de TV)
1957-1958: Alcoa Theatre (série
de TV)
1957-1959: Playhouse 90
(série de TV)
1958: Bell, Book and Candle
(Sortilégio de Amor), de Richard Quine
1958: Cowboy (Cowboy, Como
Nasce Um Bravo), de Delmer Daves
1959: It Happened to Jane (A Viuvinha Indomável), de Richard Quine
1959: Some Like It Hot (Quanto Mais Quente, Melhor), de Billy Wilder
1960: Pepe (Pepe), de George Sidney (cameo)
1960: The Apartment (O Apartamento), de Billy Wilder
1960: Le Voyage en Ballon
(Viagem em Balão), de Albert Lamorisse (narrador da versão inlgesa)
1960: The Wackiest Ship in the Army (Uma Aventura Imprevista), de Richard
Murphy
1962: Days of Wine and Roses (Escravos do Vício), de Blake Edwards
1962: The Notorious Landlady (A Notável Senhoria), de Richard Quine
1963: Irma La Douce (Irma La Douce), de Billy Wilder
1963: Under the Yum Yum Tree, de David Swift
1964: Good Neighbor Sam
(Empresta-me o Teu Marido), de David Swift
1965: How to Murder Your Wife (Como Matar a Sua Mulher), de Richard
Quine
1965: The Great Race (A
Grande Corrida à Volta do Mundo), de Blake Edwards
1966: The Fortune Cookie
(Como Ganhar Um Milhão), de Billy Wilder
1967: Luv (Livra-me Desta
Mulher), de Clive Donner
1968: The Odd Couple (Mal
por Mal antes com Elas), de Gene Saks
1968: There Comes a Day (curta-metragem)
1969: The April Fools (Os Loucos do Amor), de Stuart Rosenberg
1970: The Out-of-Towners (A Sorte Viajou de Barco), de Arthur Hiller
1971: Kotch (Antes Que
Chegue o Inverno), de Jack Lemmon (não creditado)
1972: Avanti! (Avanti! Amor à Italiana), de Billy Wilder
1972: The War Between Men and Women (A Guerra Entre Homens e Mulheres),
Melville Shavelson
1973: Save the Tiger
(Sonhos do Passado), de John Avildsen
1973: Get Happy (telefilme)
1974: The Front Page (A Primeira Página), de Billy Wilder
1975: The Prisoner of
Second Avenue (O Prisioneiro da Segunda Avenida), de Melvin Frank
1975: The Gentleman Tramp,
de Richard Patterson (narrador)
1975: La Polizia ha le Mani
Legate ou Portrait of a 60% perfect, de Luciano Ercoli (narrador)
1975: Wednesday (curta-metragem)
1976: Alex & the Gypsy (Alex e a Feiticeira), de John Korty
1976: The Entertainer (telefilme)
1977: Airport'77 (Aeroporto
77), de Jerry Jameson
1979: The China Syndrome (A
Síndroma da China), de James Bridges
1979: Ken Murray: Shooting Stars, de Ken Murray
1980: Tribute (A Homenagem),
de Bob Clark
1981: Buddy Buddy (Os
Amigos da Onça), de Billy Wilder
1981: Musical Comedy Tonight II (telefilme)
1982: Missing (Missing -
Desaparecido), de Costa-Gavras
1982: Ernie Kovacs: Television's Original Genius (telefilme)
1984: Mass Appeal (telefilme)
1986: That's Life! (A Vida é Assim), de Blake Edwards
1986: Macaroni, de Ettore Scola
1987: Long Day's Journey into Night (telefilme)
1988: The Murder of Mary Phagan (telefilme)
1989: Dad (Meu Pai), de
Gary David Goldberg
1991: JFK (JFK), de Oliver
Stone
1992: Glengarry Glen Ross
(Sucesso a Qualquer Preço), de James Foley
1992: The Player (O Jogador), de Robert Altman
1992: For Richer, for Poorer, de Jay Sandrich (telefilme)
1993: Grumpy Old Men (Como
Pescar Uma Italiana Sem Partir a Cana Poster), de Donald Petrie
1993: Short Cuts (Short Cuts — Os Americanos), de Robert Altman
1993:
Luck, Trust & Ketchup: Robert Altman in Carver Country, de John Dorr
1993: A Life in the Theater (telefilme)
1995: Grumpier Old Men (Dois Novos Rabugentos), de Howard Deutch
1995: The Grass Harp, de Charles Matthau
1996: Hamlet (Hamlet), de Kenneth Branagh
1996: My Fellow Americans (Politicamente... Incorrecto!), de Peter
Segal
1996: A Weekend in the
Country (Um Fim-de-Semana no Campo) (telefilme)
1996: Getting Away with Murder (Crime com Castigo), de Harvey Miller
1997: Out to Sea (Mais
Olhos Que Barriga), de Martha Coolidge
1997: 12 Angry Men
(telefilme)
1997: Puppies for Sale
(curta-metragem)
1997: Os Simpsons (série de
TV)
1997:
Off the Menu: The Last Days of Chasen's, de Shari Springer Berman e Robert
Pulcini
1998: The Odd Couple II (), de Howard Deutch
1998: The Long Way Home (telefilme)
1999: Inherit the Wind (telefilme)
1999: Tuesdays with Morrie, de de Mick Jackson (telefilme)
1999: Chicken Soup for the Soul (série de TV)
2000: The Legend of Bagger Vance (A Lenda de Bagger Vance), de Robert Redford (narrador)
Como realizador:
1971: Kotch (Antes Que
Chegue o Inverno)
(1934 - ?)
Shirley MacLaine, cujo nome
de baptismo é Shirley MacLean Beaty, nasceu a 24 de Abril de 1934, em Richmond,
Virginia, EUA. Filha de Ira Owens Beaty, um músico de origem irlandesa, e de
Kathlyn Corinne MacLean, bailarina canadiana; irmã do actor e realizador Warren
Beatty; casada, desde 1954 até 1982, com o realizador e produtor Steve Parker,
Shirley iniciou-se como aluna de bailado na Washington School of Ballet.
Diplomada, passou a viver em Nova Iorque, onde começa a aparecer em musicais da
Broadway, como no sucesso de Richard Rodgers e Oscar Hammerstein II, "Me
and Juliet" e, seguidamente, em "The Pajama Game", sendo
posteriormente convidada pelo produtor Hal B. Wallis para viajar até Hollywood,
onde se estreia em “O Terceiro Tiro”, de Alfred Hitchcock (1955). Surge noutros
filmes, como na superprodução “A Volta ao Mundo em Oitenta Dias” (1956), ou no
excelente “Deus Sabe Quanto Amei”, de Minnelli (1958), onde recebe a primeira
nomeação para o Oscar de Melhor Actriz. Em 1960, volta a ser nomeada por “O
Apartamento”, e pouco depois, terceira nomeação por “Irma la Douce” (1963). In
1969, dirigida pelo amigo Bob Fosse, interpreta um musical, “Sweet Charity - A
Rapariga que Queria Ser Amada”, Estreia-se como realizadora em 1975, com um
documentário, rodado na China, “ The Other Half of the Sky: A China Memoir”,
que é nomeado para o Oscar da categoria. Como actriz, nova nomeação em 1977,
com “A Grande Decisão”. Finalmente ganha o Oscar de Melhor Actriz com “Laços de
Ternura” (1983), e arrebata o Festival de Veneza com “Madame Sousatzka, a
Professora” (1988). Depois de muitos outros sucessos, regressa à realização em
1998, com uma ficção, “Bruno” (2000). Entretanto, apareceu em diversas séries
de televisão e telefilmes. Em 2012 tem em pré-produção vários trabalhos.
Shirley conta com uma Estrela no Hall of Fame, de Hollywood, em 1615 Vine
Street.
Filmografia:
Cinema
1955: The Trouble with Harry (O Terceiro Tiro), de
Alfred Hitchcock
1955: Artists and Models (Pintores e Raparigas), de
Frank Tashlin
1956: Around the World in Eighty Days (A Volta ao Mundo
em 80 Dias), de Michael Anderson
1958: The Sheepman (O Irresistível Forasteiro), de
George Marshall
1958: The Matchmaker (Viva o Casamento), de Joseph
Anthony
1958: Hot Spell (Feitiço Ardente), de Daniel Mann
1958: Some Came Running (Deus Sabe Quanto Amei), de
Vincente Minnelli
1959: Ask Any Girl (O Que Elas Querem é Casar), de
Charles Walters
1959: Career (Os Caminhos da Ambição), de Joseph
Anthony
1960:
Can-Can (Can-Can), de Walter Lang
1960:
The Apartment (O Apartamento), de Billy Wilder
1960:
Ocean's Eleven (Os Onze de Oceano), de Lewis Milestone
1961:
All in a Night's Work (A História daquela Noite), de Joseph Anthony
1961:
Two Loves (Dois Amores), de Charles Walters
1961:
The Children's Hour (A Infame Mentira), de William Wyler
1962: My Geisha (A Minha Gueixa), de Jack Cardiff
1962:
Two for the Seesaw (Baloiço Para Dois), de Robert Wise
1963:
Irma la douce (Irma la Douce), de Billy Wilder
1964:
What a Way to Go ! (Ela
e os Seus Maridos), de J. Lee Thompson
1964:
The Yellow Rolls-Royce (O Rolls-Royce Amarelo), de Anthony Asquith
1965: John Goldfarb, Please Come Home (Um Americano
no Harém), de J. Lee Thompson
1966: Gambit (Ladrão Roubado), de Ronald Neame
1967: Woman Times Seven (Sete Vezes Mulher), de
Vittorio de Sica
1968: The Bliss of Mrs. Blossom (A Felicidade da
Senhora Blossom), de Joseph McGrath
1969: Sweet Charity (Sweet Charity - A Rapariga que
Queria Ser Amada), de Bob Fosse
1970: Two Mules for Sister Sara (Os Abutres Têm
Fome), de Don Siegel
1971: Desperate Characters (Um Casal Desesperado),
de Frank D. Gilroy
1972:
The Possession of Joel Delaney (A Obsessão de Joel Delaney), de Waris Hussein
1977:
The Turning Point (A Grande Decisão), de Herbert Ross
1979:
Being There (Bem-Vindo Mr. Chance), de Hal Ashby
1980:
Loving Couples (Amigos e Amantes), de Jack Smight
1980:
A Change of Seasons (A Aluna e o Professor), de Richard Lang
1983:
Terms of Endearment (Laços de Ternura), de James L. Brooks
1984: Cannonball Run II (A Corrida Mais Louca do
Mundo II), de Hal Needham
1988: Madame Sousatzka (Madame Sousatzka, a
Professora), de John Schlesinger
1989:
Steel Magnolias (Flores de Aço), de Herbert Ross
1990:
Waiting for the Light, de Christopher Monger
1990:
Postcards from the Edge (Recordações de Hollywood), de Mike Nichols
1992: Used People (Um Certo Outono), de Beeban
Kidron
1993:
Wrestling Ernest Hemingway), de Randa Haines
1994:
Guarding Tess (O Agente Secreto), de Hugh Wilson
1996:
Mrs. Winterbourne (O Comboio do Destino), de Richard Benjamin
1996:
The Evening Star (Lágrimas ao Entardecer), de Robert Harling
1997:
A Smile Like Yours (Bebé por Encomenda), de Keith Samples
2000:
Bruno, de Shirley MacLaine
2003:
Carolina, de Marleen Gorris
2005: Bewitched (Casei com uma Feiticeira), de Nora
Ephron
2005: In Her Shoes (Na Sua Pele), de Curtis Hanson
2005: Rumor Has It (Dizem por Aí...), de Rob Reiner
2007:
Closing the Ring (O Elo do Amor), de Richard Attenborough
2010: Valentine's Day (Dia dos Namorados), de Garry
Marshall
2011: Anyone's Son (Morre... e Deixa-me em Paz), de
Danny Aiello
2012:
Bernie, de Richard Linklater
2012:
Wild Oats
2013: Mother Goose! (em pré-produção)
2013: The Boom Boom Room (em pré-produção)
2013: Elsa & Fred (em pré-produção)
2013: The Locals (em pré-produção)
2013:
The Secret Life of Walter Mitty (em pré-produção)
Televisão :
1955:
Shower of Stars (série de TV)
1958:
The Sid Caesar Show (série de TV)
1971-1972:
Shirley's World, de Ray Austin
(série de TV)
1995:
The West Side Waltz (A Valsa da Vida), de Ernest Thompson (telefilme)
1998:
Stories from My Childhood (série de TV)
1999:
Joan of Arc (Joana de Arc - A Donzela da Lorena), de Christian Duguay
(telefilme)
2001:
These Old Broads, de Matthew Diamond (telefilme)
2002:
Hell on Heels: The Battle of Mary Kay, de Ed Gernon (telefilme)
2002:
Salem Witch
Trials, de Joseph Sargent (telefilme)
2008:
Coco Chanel, de Christian Duguay (telefilme)
2008:
Anne of Green Gables: A New Beginning, de Kevin Sullivan (telefilme)
2012:
Downton Abbey, de Julian Fellowes (série de TV)
1975:
The Other Half of the Sky: A China Memoir (documentário)
2000:
Bruno
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