segunda-feira, 30 de junho de 2014

SESSÃO 48: 13 DE OUTUBRO DE 2014


O APARTAMENTO (1960)
Claro que se poderá afirmar que este “The Apartment”, de Billy Wilder, é uma comédia. Mas de comédia amarga se trata, na verdade. Pode contar-se a sua intriga sob a forma de anedota ligeira e divertida: C. C. Baxter (Jack Lemmon) é um dos milhares de empregados de uma enorme companhia de seguros sediada Nova Iorque, correm os anos 50. Solteiro e algo desinspirado em matéria de vida para lá da secretária do seu escritório em “open space”, parece mais interessado nas suas máquinas de calcular que lhe prometem uma possível promoção e a respectiva subida de andares no majestoso arranha-céus de Manhattan, do que nas suas experiências amorosas. Para si, chegar a casa e aquecer uma refeição congelada, é o bastante para sobreviver. Por isso não se importa de ceder o seu apartamento para as libidinosas aventuras clandestinas dos seus colegas de trabalho. Muitas vezes tem de fazer horas no passeio em frente de casa, à espera que a luz do apartamento se apague e o já saciado casal que nele habitou por empréstimo durante duas horas desça as escadas, para enfim ele poder subir e passar pelas brasas até ao dia seguinte. Algumas vezes seca horas ao frio e à chuva, contraindo as consequentes gripes e constipações, na esperança de que os seus superiores hierárquicos dêem por terminada a sessão erótica e se lembrem da sua generosidade quando da futura promoção.

Ele habita o 19º andar, mas aspira chegar às chefias no 27º. Curiosamente, quem o faz subir literalmente de andar é a ascensorista Fran Kubelik (Shirley MacLaine), que se afigura uma discreta e respeitável jovem, de cabelo curto e olhar amplo, por quem Baxter sente um secreto fascínio. Até aqui a coisa parece prometer um final feliz, com o casal a aproximar-se, e o ganancioso e moderado arrivista Baxter a redimir-se pelo amor da jovem donzela. Isto era se não conhecêssemos a ironia crítica e uma certa dose de perversidade que Billy Wilder sempre empresta às suas obras. O golpe de teatro dá-se quando Baxter descobre que o seu chefe máximo (Fred MacMurray) afinal lhe pede a chave do apartamento para ali se encontrar com a sua predilecta Kubelik, que está perdidamente apaixonada pelo patrão, casado e pai de filhos, que encontra na bela ascensorista uma interessante maneira de passar uns momentos de relaxe. O filme, que já não era até esta altura uma comédia risonha, transforma-se progressivamente numa dilacerante comédia dramática de maus costumes, onde o poder dita leis e os mais fracos são triturados pelo despotismo de quem dispõe das melhores cartas para triunfar na vida.
Baxter nem é um mau carácter, é antes um pobre diabo solitário que tenta aproveitar-se das oportunidades que o seu apartamento lhe oferece. A simpática Kubelik está muito longe de ser a galdéria que manipula o patrão em seu proveito: ela ama-o verdadeiramente, e espera que o mesmo se divorcie da mulher, como ele próprio afiança, cantando a bela canção do cigano que todos conhecem. O argumento, da dupla Billy Wilder e I.A.L. Diamond, está escrito com uma inteligência e sensibilidade invulgares, mas igualmente com uma irónica amargura que faz deste cineasta de origem europeia (nasceu no antigo território austro-húngaro, que tantos talentos ofertou a Hollywood durante o grande êxodo provocado pelo nazismo) um modelo da perfeita combinação da cultura do velho continente com o sentido do espectáculo norte-americano. Os diálogos são, como sempre em Wilder, magníficos, ambíguos e sarcásticos, cheios de duplos sentidos, merecendo bem o argumento o Oscar que lhe foi atribuído. Wilder também foi considerado o realizador do ano, e o filme foi o melhor de 1960, na celebração da Academia de 1961. Houve ainda Oscars, todos justos, para a direcção artística (Alexandre Trauner e Edward G. Boyle) e a montagem (Daniel Mandell). Nomeações ainda para actores, que não as ganharam, o que parece hoje uma tremenda injustiça (Jack Lemmon, Shirley MacLaine e Jack Kruschen), para a fotografia a preto e branco (Joseph LaShelle), belíssima, no seu tom carregado de densas nuvens, ambientes saturados, avenidas batidas pelo vento e a chuva, e o som (Gordon Sawyer).
A construção do filme é modelar, na forma como apresenta inicialmente a estrutura, de um jeito de quase bonomia inconsequente, para progressivamente adensar o clima, criando um mal-estar moral que se instala. A configuração das personagens é toda ela brilhante, para o que muito contribuem o talento de Jack Lemmon e Shirley MacLaine, em portentosos trabalhos de grande complexidade psicológica. O jogo, não só de cartas, mas de sentimentos, de encontros e desencontros, que se estabelece entre ambos, ao longo de todo o filme, é um prodígio de rigor, de contenção emotiva e de disciplina técnica. Jack Kruschen, na figura do Dr. Dreyfuss, o médico vizinho de Baxter, que lhe pede que legue o esqueleto a uma instituição médica para ser estudado depois de morto, dado o superior desempenho sexual que ele julga infatigável, ao longo de tardes e noites de luta libidinosa paredes meias à sua casa, é outra personagem inesquecível. Aliás, “O Apartamento” é ainda notável por enfrentar com coragem as directrizes do código de censura do cinema americano, apresentando alguns temas tabus na época, como sexo pelo prazer, adultério, tentativas de suicídio, e algo mais. Tudo isto, tendo como pano de fundo um inverno cinzento que culminará num dramático Natal que será a mola decisiva que irá desencadear o final, onde, ao contrário do “happy end” tradicional, se reatará uma incompleta partida de cartas que talvez afiance que o amor é um jogo onde se pode perder e ganhar, mas que vale sempre a pena baralhar as cartas e dar de novo.   


O APARTAMENTO
Título original: The Apartment
Realização: Billy Wilder (EUA, 1960); Argumento: Billy Wilder, I.A.L. Diamond; Produção: I.A.L. Diamond, Doane Harrison, Billy Wilder; Música: Adolph Deutsch; Fotografia (p/b): Joseph LaShelle; Montagem: Daniel Mandell; Direcção artística: Alexandre Trauner; Decoração: Edward G. Boyle; Maquilhagem: Harry Ray, Alice Monte; Direcção de produção: Allen K. Wood; Assistentes de realização: Hal W. Polaire, Angelo Laiacona, David Salven, Mike Vidor; Departamento de arte: Tom Plews; Som: Del Harris, Fred Lau; Efeitos especiais: Milt Rice; Intérpretes: Jack Lemmon (C.C. Baxter), Shirley MacLaine (Fran Kubelik), Fred MacMurray (Jeff D. Sheldrake), Ray Walston (Joe Dobisch), Jack Kruschen (Dr. Dreyfuss), David Lewis, Hope Holiday, Joan Shawlee, Naomi Stevens, Johnny Seven, Joyce Jameson, Willard Waterman, David White, Edie Adams, Bill Baldwin, etc. Duração: 125 minutos; Distribuição em Portugal: Twentieth Century Fox (DVD); Classificação etária: M/12 anos.

JACK LEMMON (1925 – 2001)
John Uhler Lemmon III, de seu nome próprio, Jack Lemmon como nome artístico, nasceu a 8 de Fevereiro de 1925, em Newton, Massachusetts, EUA, e viria a falecer a 27 de Junho de 2001, em Los Angeles, Califórnia, EUA, vítima de cancro. Filho de uma família abastada, Jack Lemmon estudou em colégios particulares nos EUA e teve um primeiro contacto com o teatro ainda na escola, ao substituir um colega com poucas deixas. Mesmo assim, conseguiu transformar a substituição num tremendo fracasso, esquecia-se de tudo o que tinha a dizer e recolhia envergonhado aos bastidores, perante as gargalhadas do público. O insucesso não o inibiu e, pelo contrário, fê-lo apaixonar-se pela arte dramática. Continuou a representar, enquanto concluía um curso de Ciências Políticas em Harvard. Depois de servir na II Guerra Mundial, seguiu a carreira de actor, iniciando-se numa série televisiva “That Wonderful Guy” (1949-1950). No cinema, a sua primeira aparição, data de 1954, “It Should Happen to You”, de George Cukor. Dois anos depois, ganha o seu primeiro Oscar (ainda como actor secundário), com “Mister Roberts”, de John Ford e Mervin Le Roy. Depois, foi uma carreira de enorme sucesso, na televisão, no teatro, mas sobretudo no cinema. Trabalhou muito com Billy Wilder e com Richard Quine, em comédias inesquecíveis, e com Blake Edwards estreou-se como actor dramático, em “Days of Wines and Roses”. Morreu em 2001, com 76 anos de idade, e foi sepultado no Westwood Memorial Park, Los Angeles, Califórnia. Possui obviamente uma Estrela no Hall of Fame de Hollywood.

Dois Oscars : como Melhor Actor Secundário: 1956: “Mister Roberts”, e como Melhor Actor, em 1974: “Save the Tiger”; mais seis nomeações para Melhor Actor: “Some Like it Hot”, “Irma la Douce”, “Days of Wine and Roses”, “Tribute”, “The China Syndrome” e “Missing”. Globos de Ouro para Melhor Actor em 1960: “Some Like it Hot”; 1961: “Irma la Douce”; 1973: “Avanti!”; 2000: “Inherit the Wind”; Prémio Cecil B. DeMille em 1991 pelo conjunto da obra. BAFTAS (Inglaterra): Melhor Actor: 1959: “Some Like it Hot”; 1960: “The Apartement”; 1980: “Irma la Douce”; Festival de Cannes: 1979: Melhor Actor: “Irma la Douce”; 1982: “Missing”; Festival de Veneza: 1992: Coupe Volpi de Melhor Actor: “Glengarry”; Festival de Berlin: 1981: Urso de Prata para Melhor Actor “Tribute”.


Filmografia:
Como actor

1949: That Wonderful Guy (série de TV)

1949: Suspense (série de TV)

1949: The Philco Television Playhouse (série de TV)

1949-1950: Studio One (série de TV)

1949-1953: Kraft Television Theatre (série de TV)

1950: The Ford Theatre Hour (série de TV)

1951: The Frances Langford-Don Ameche Show (série de TV)

1951: Danger (série de TV)

1951: The Web (série de TV)

1951: Pulitzer Prize Playhouse (série de TV)

1951-1953: Armstrong Circle Theatre (série de TV)

1952: Heaven for Betsy (série de TV)

1952-1953: Robert Montgomery Presents (série de TV)

1953: Campbell Playhouse (série de TV)

1953: Medallion Theatre (série de TV)

1953: Lux Video Theatre (série de TV)

1954: The Road of Life (série de TV)

1954: It Should Happen to You (Uma Rapariga Sem Nome), de George Cukor

1954: Phffft! (Pffft... é o Amor Que Se Evapora), de Mark Robson

1954: The Ford Television Theatre (série de TV)

1955: Mister Roberts (Mister Roberts), de John Ford e Mervin Le Roy

1955: My Sister Eileen (O Prazer é Todo Meu), de Richard Quine

1955: Three for the Show (Há Falta de Homens), de H.C. Potter

1956: Hollywood Bronc Busters, de Ralph Staub

1956: You Can't Run Away from It (Não Fugirás a Isto), de Dick Powell

1956: Ford Star Jubilee (série de TV)

1957: Fire Down Below (Fogo dos Trópicos), de Robert Parrish

1957: Operation Mad Ball (Nem Guerra, Nem Paz), de Richard Quine

1957: Zane Grey Theater (série de TV)

1957-1958: Goodyear Theatre (série de TV)

1957-1958: Alcoa Theatre (série de TV)

1957-1959: Playhouse 90 (série de TV)

1958: Bell, Book and Candle (Sortilégio de Amor), de Richard Quine

1958: Cowboy (Cowboy, Como Nasce Um Bravo), de Delmer Daves

1959: It Happened to Jane (A Viuvinha Indomável), de Richard Quine

1959: Some Like It Hot (Quanto Mais Quente, Melhor), de Billy Wilder

1960: Pepe (Pepe), de George Sidney (cameo)

1960: The Apartment (O Apartamento), de Billy Wilder

1960: Le Voyage en Ballon (Viagem em Balão), de Albert Lamorisse (narrador da versão inlgesa)

1960: The Wackiest Ship in the Army (Uma Aventura Imprevista), de Richard Murphy

1962: Days of Wine and Roses (Escravos do Vício), de Blake Edwards

1962: The Notorious Landlady (A Notável Senhoria), de Richard Quine

1963: Irma La Douce (Irma La Douce), de Billy Wilder

1963: Under the Yum Yum Tree, de David Swift

1964: Good Neighbor Sam (Empresta-me o Teu Marido), de David Swift

1965: How to Murder Your Wife (Como Matar a Sua Mulher), de Richard Quine

1965: The Great Race (A Grande Corrida à Volta do Mundo), de Blake Edwards

1966: The Fortune Cookie (Como Ganhar Um Milhão), de Billy Wilder

1967: Luv (Livra-me Desta Mulher), de Clive Donner

1968: The Odd Couple (Mal por Mal antes com Elas), de Gene Saks

1968: There Comes a Day (curta-metragem)

1969: The April Fools (Os Loucos do Amor), de Stuart Rosenberg

1970: The Out-of-Towners (A Sorte Viajou de Barco), de Arthur Hiller

1971: Kotch (Antes Que Chegue o Inverno), de Jack Lemmon (não creditado)

1972: Avanti! (Avanti! Amor à Italiana), de Billy Wilder

1972: The War Between Men and Women (A Guerra Entre Homens e Mulheres), Melville Shavelson

1973: Save the Tiger (Sonhos do Passado), de John Avildsen

1973: Get Happy (telefilme)

1974: The Front Page (A Primeira Página), de Billy Wilder

1975: The Prisoner of Second Avenue (O Prisioneiro da Segunda Avenida), de Melvin Frank

1975: The Gentleman Tramp, de Richard Patterson (narrador)

1975: La Polizia ha le Mani Legate ou Portrait of a 60% perfect, de Luciano Ercoli (narrador)

1975: Wednesday (curta-metragem)

1976: Alex & the Gypsy (Alex e a Feiticeira), de John Korty

1976: The Entertainer (telefilme)

1977: Airport'77 (Aeroporto 77), de Jerry Jameson

1979: The China Syndrome (A Síndroma da China), de James Bridges

1979: Ken Murray: Shooting Stars, de Ken Murray

1980: Tribute (A Homenagem), de Bob Clark

1981: Buddy Buddy (Os Amigos da Onça), de Billy Wilder

1981: Musical Comedy Tonight II (telefilme)

1982: Missing (Missing - Desaparecido), de Costa-Gavras

1982: Ernie Kovacs: Television's Original Genius (telefilme)

1984: Mass Appeal (telefilme)

1986: That's Life! (A Vida é Assim), de Blake Edwards

1986: Macaroni, de Ettore Scola

1987: Long Day's Journey into Night (telefilme)

1988: The Murder of Mary Phagan (telefilme)

1989: Dad (Meu Pai), de Gary David Goldberg

1991: JFK (JFK), de Oliver Stone

1992: Glengarry Glen Ross (Sucesso a Qualquer Preço), de James Foley

1992: The Player (O Jogador), de Robert Altman

1992: For Richer, for Poorer, de Jay Sandrich (telefilme)

1993: Grumpy Old Men (Como Pescar Uma Italiana Sem Partir a Cana Poster), de Donald Petrie

1993: Short Cuts (Short Cuts — Os Americanos), de Robert Altman

1993: Luck, Trust & Ketchup: Robert Altman in Carver Country, de John Dorr

1993: A Life in the Theater (telefilme)

1995: Grumpier Old Men (Dois Novos Rabugentos), de Howard Deutch

1995: The Grass Harp, de Charles Matthau

1996: Hamlet (Hamlet), de Kenneth Branagh

1996: My Fellow Americans (Politicamente... Incorrecto!), de Peter Segal

1996: A Weekend in the Country (Um Fim-de-Semana no Campo) (telefilme)

1996: Getting Away with Murder (Crime com Castigo), de Harvey Miller

1997: Out to Sea (Mais Olhos Que Barriga), de Martha Coolidge

1997: 12 Angry Men (telefilme)

1997: Puppies for Sale (curta-metragem)

1997: Os Simpsons (série de TV)

1997: Off the Menu: The Last Days of Chasen's, de Shari Springer Berman e Robert Pulcini

1998: The Odd Couple II (), de Howard Deutch

1998: The Long Way Home (telefilme)

1999: Inherit the Wind (telefilme)

1999: Tuesdays with Morrie, de de Mick Jackson (telefilme)

1999: Chicken Soup for the Soul (série de TV)

2000: The Legend of Bagger Vance (A Lenda de Bagger Vance), de Robert Redford (narrador)


Como realizador:

1971: Kotch (Antes Que Chegue o Inverno)


SHIRLEY MACLAINE
(1934 - ?)
Shirley MacLaine, cujo nome de baptismo é Shirley MacLean Beaty, nasceu a 24 de Abril de 1934, em Richmond, Virginia, EUA. Filha de Ira Owens Beaty, um músico de origem irlandesa, e de Kathlyn Corinne MacLean, bailarina canadiana; irmã do actor e realizador Warren Beatty; casada, desde 1954 até 1982, com o realizador e produtor Steve Parker, Shirley iniciou-se como aluna de bailado na Washington School of Ballet. Diplomada, passou a viver em Nova Iorque, onde começa a aparecer em musicais da Broadway, como no sucesso de Richard Rodgers e Oscar Hammerstein II, "Me and Juliet" e, seguidamente, em "The Pajama Game", sendo posteriormente convidada pelo produtor Hal B. Wallis para viajar até Hollywood, onde se estreia em “O Terceiro Tiro”, de Alfred Hitchcock (1955). Surge noutros filmes, como na superprodução “A Volta ao Mundo em Oitenta Dias” (1956), ou no excelente “Deus Sabe Quanto Amei”, de Minnelli (1958), onde recebe a primeira nomeação para o Oscar de Melhor Actriz. Em 1960, volta a ser nomeada por “O Apartamento”, e pouco depois, terceira nomeação por “Irma la Douce” (1963). In 1969, dirigida pelo amigo Bob Fosse, interpreta um musical, “Sweet Charity - A Rapariga que Queria Ser Amada”, Estreia-se como realizadora em 1975, com um documentário, rodado na China, “ The Other Half of the Sky: A China Memoir”, que é nomeado para o Oscar da categoria. Como actriz, nova nomeação em 1977, com “A Grande Decisão”. Finalmente ganha o Oscar de Melhor Actriz com “Laços de Ternura” (1983), e arrebata o Festival de Veneza com “Madame Sousatzka, a Professora” (1988). Depois de muitos outros sucessos, regressa à realização em 1998, com uma ficção, “Bruno” (2000). Entretanto, apareceu em diversas séries de televisão e telefilmes. Em 2012 tem em pré-produção vários trabalhos. Shirley conta com uma Estrela no Hall of Fame, de Hollywood, em 1615 Vine Street.

Filmografia:

Cinema


1955: The Trouble with Harry (O Terceiro Tiro), de Alfred Hitchcock

1955: Artists and Models (Pintores e Raparigas), de Frank Tashlin

1956: Around the World in Eighty Days (A Volta ao Mundo em 80 Dias), de Michael Anderson

1958: The Sheepman (O Irresistível Forasteiro), de George Marshall

1958: The Matchmaker (Viva o Casamento), de Joseph Anthony

1958: Hot Spell (Feitiço Ardente), de Daniel Mann

1958: Some Came Running (Deus Sabe Quanto Amei), de Vincente Minnelli

1959: Ask Any Girl (O Que Elas Querem é Casar), de Charles Walters

1959: Career (Os Caminhos da Ambição), de Joseph Anthony

1960: Can-Can (Can-Can), de Walter Lang

1960: The Apartment (O Apartamento), de Billy Wilder

1960: Ocean's Eleven (Os Onze de Oceano), de Lewis Milestone

1961: All in a Night's Work (A História daquela Noite), de Joseph Anthony

1961: Two Loves (Dois Amores), de Charles Walters

1961: The Children's Hour (A Infame Mentira), de William Wyler

1962: My Geisha (A Minha Gueixa), de Jack Cardiff

1962: Two for the Seesaw (Baloiço Para Dois), de Robert Wise

1963: Irma la douce (Irma la Douce), de Billy Wilder

1964: What a Way to Go ! (Ela e os Seus Maridos), de J. Lee Thompson

1964: The Yellow Rolls-Royce (O Rolls-Royce Amarelo), de Anthony Asquith

1965: John Goldfarb, Please Come Home (Um Americano no Harém), de J. Lee Thompson

1966: Gambit (Ladrão Roubado), de Ronald Neame

1967: Woman Times Seven (Sete Vezes Mulher), de Vittorio de Sica

1968: The Bliss of Mrs. Blossom (A Felicidade da Senhora Blossom), de Joseph McGrath

1969: Sweet Charity (Sweet Charity - A Rapariga que Queria Ser Amada), de Bob Fosse

1970: Two Mules for Sister Sara (Os Abutres Têm Fome), de Don Siegel

1971: Desperate Characters (Um Casal Desesperado), de Frank D. Gilroy

1972: The Possession of Joel Delaney (A Obsessão de Joel Delaney), de Waris Hussein

1977: The Turning Point (A Grande Decisão), de Herbert Ross

1979: Being There (Bem-Vindo Mr. Chance), de Hal Ashby

1980: Loving Couples (Amigos e Amantes), de Jack Smight

1980: A Change of Seasons (A Aluna e o Professor), de Richard Lang

1983: Terms of Endearment (Laços de Ternura), de James L. Brooks

1984: Cannonball Run II (A Corrida Mais Louca do Mundo II), de Hal Needham

1988: Madame Sousatzka (Madame Sousatzka, a Professora), de John Schlesinger

1989: Steel Magnolias (Flores de Aço), de Herbert Ross

1990: Waiting for the Light, de Christopher Monger

1990: Postcards from the Edge (Recordações de Hollywood), de Mike Nichols

1992: Used People (Um Certo Outono), de Beeban Kidron

1993: Wrestling Ernest Hemingway), de Randa Haines

1994: Guarding Tess (O Agente Secreto), de Hugh Wilson

1996: Mrs. Winterbourne (O Comboio do Destino), de Richard Benjamin

1996: The Evening Star (Lágrimas ao Entardecer), de Robert Harling

1997: A Smile Like Yours (Bebé por Encomenda), de Keith Samples

2000: Bruno, de Shirley MacLaine

2003: Carolina, de Marleen Gorris

2005: Bewitched (Casei com uma Feiticeira), de Nora Ephron

2005: In Her Shoes (Na Sua Pele), de Curtis Hanson

2005: Rumor Has It (Dizem por Aí...), de Rob Reiner

2007: Closing the Ring (O Elo do Amor), de Richard Attenborough

2010: Valentine's Day (Dia dos Namorados), de Garry Marshall

2011: Anyone's Son (Morre... e Deixa-me em Paz), de Danny Aiello

2012: Bernie, de Richard Linklater

2012: Wild Oats

2013: Mother Goose! (em pré-produção)

2013: The Boom Boom Room (em pré-produção)

2013: Elsa & Fred (em pré-produção)

2013: The Locals (em pré-produção)

2013: The Secret Life of Walter Mitty (em pré-produção)


Televisão :

1955: Shower of Stars (série de TV)

1958: The Sid Caesar Show (série de TV)

1971-1972: Shirley's World, de Ray Austin (série de TV)

1995: The West Side Waltz (A Valsa da Vida), de Ernest Thompson (telefilme)

1998: Stories from My Childhood (série de TV)

1999: Joan of Arc (Joana de Arc - A Donzela da Lorena), de Christian Duguay (telefilme)

2001: These Old Broads, de Matthew Diamond (telefilme)

2002: Hell on Heels: The Battle of Mary Kay, de Ed Gernon (telefilme)

2002: Salem Witch Trials, de Joseph Sargent (telefilme)

2008: Coco Chanel, de Christian Duguay (telefilme)

2008: Anne of Green Gables: A New Beginning, de Kevin Sullivan (telefilme)

2012: Downton Abbey, de Julian Fellowes (série de TV)


Como realizadora:

1975: The Other Half of the Sky: A China Memoir (documentário)

2000: Bruno

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