CATIVOS
DO MAL (1952)
“The Bad and the Beautiful”
é uma das obras mais representativas do que se pode chamar “o cinema dentro do
cinema”, ou seja filmes que abordam o próprio universo do cinema. Só no início
da década de 50, o cinema americano produziu diversas obras, todas elas
admiráveis, tendo como tema Hollywood: “Sunset Boulevard”, “Eva”, “In a Lonely
Place”, “Singin' in the Rain”, “The Barefoot Contessa”, “A Star Is Born”, para
lá de “The Bad and the Beautiful”.
Com realização de Vincente
Minnelli, baseando-se num argumento de Charles Schnee e George Bradshaw
(partindo de uma história sua, "Tribute to a Badman"), “Cativos do
Mal” é uma viagem por recordações de diversas personagens que lembram episódios
das suas vidas relacionados com uma outra figura, ausente de início, apenas uma
voz que vem do passado, e que logo se tornará na personagem central deste
puzzle, construído um pouco à maneira de “O Mundo a seus Pés”, de Orson Welles
(com a curiosidade de o aqui produtor John Houseman ter sido um dos colaboradores
do argumento de Welles).
É extremamente sugestiva a
construção narrativa desta obra: três telefonemas de Paris introduzem três
personagens e uma voz off. Depois essas três figuras de proa de uma Hollywood
dos anos 40/50 encontram-se reunidas num mesmo espaço, onde se abrem três
espaços de regresso ao passado, com todas as consequências dramáticas que os
mesmos pressupõem. Finalmente, na derradeira imagem do filme, os três rostos
sugerem um impasse, uma dúvida, a interrogação que fica a pairar no íntimo de
cada espectador.
A actriz Georgia Lorrison,
o escritor James Lee Bartlow e o realizador Fred Amiel mostram ao director do
estúdio Harry Pebbel, através de flash-backs, porque recusam continuar a
trabalhar com o produtor Jonathan Shields. Este seu
caminho para o topo, vai o fazendo perder todos os amigos.
Estamos nos domínios do
cinema, da grande indústria de Hollywood. Tudo começa, obviamente, num estúdio,
durante a rodagem de um plano bastante elaborado, com o realizador Fred Amiel
(Barry Sullivan) no alto de uma grua, sendo chamado ao telefone, de Paris, por
um tal Jonathan Shields. Quando ouve este nome, Amiel diz que não está. Novo
telefonema, agora em casa da actriz Georgia Lorrison (Lana Turner), que tem
idêntica reacção ao saber quem quer falar com ela. De Paris. Finalmente, um
escritor e argumentista, James Lee Bartlow (Dick Powell), atende
inadvertidamente o telefone, ouve o nome de Jonathan Shields e manda-o
desaparecer, antes de desligar. Percebe-se que Jonathan Shields (Kirk Douglas),
até aí apenas uma voz, não é muito querido pelos lados de Hollywood.
Na cena seguinte, no
escritório de Harry Pebbel (Walter Pidgeon), que outrora fora sócio de Shields,
reúnem-se as três personagens anteriormente apresentadas. Harry também tem
motivos de queixa em relação a Shields, mas aceita fazer uma última tentativa
em nome deste: ele quer regressar ao cinema, voltar a produzir um grande filme
e precisa daqueles três antigos colaboradores. Harry coloca-lhes frontalmente a
questão. Cada um deles irá recordar, em três flashbacks sucessivos, as razões
que levam realizador, actriz e argumentista a declinarem qualquer tipo de
contacto com Shields. Através dessas evocações irá, no entanto, descobrir-se um
pouco mais sobre Hollywood, os métodos de trabalho pouco escrupulosos, as
intrigas e as invejas, a montanha russa do fracasso e do sucesso, a
irresistível atracção pelo triunfo sem olhar a meios, e, todavia, nada é tão
simples quanto parece.
Shields, filho de um outro
velho produtor célebre, caído em desgraça (que não consegue quase ninguém no
seu enterro, a não ser figurantes pagos para o efeito), não renega a tradição
familiar. Ele também iniciou a pulso uma carreira na Meca do cinema, começando
como figurante e duplo até conseguir impor-se como realizador, primeiramente de
filmes de série Z que procuram sobretudo fazer receita junto de plateias pouco
exigentes, depois como produtor ambicioso que conquista a glória e vários
Oscars, para si e para os seus colaboradores. Ele tem o toque de Midas, mas
quer algo mais do que as receitas de bilheteira. É rigoroso nas suas produções,
perfeccionista, pede cada vez mais a quem consigo trabalha. Não desiste perante
uma recusa. Quer os melhores a seu lado e não hesita: usa todos os processos
para o conseguir, a tempo inteiro. Forma uma equipa imbatível, mas pelo caminho
vai traindo amizades e amores, usurpando ideias, mas, curiosamente, ajudando a
construir carreiras, produzindo bons filmes, reconhecidos pelos seus pares. No
início da sua ascensão em Hollywood, não hesita em pedir emprestada uma boa
maquia, que perderá ao jogo, a fim de conseguir chegar à fala com o produtor
Pebbel, especialista em filmes de orçamento reduzido e grandes receitas. Ele e
o então seu “partner” Amiel começam carreiras de produtor e realizador bem
instigados pelo sistema. Mas cedo Shields percebe que um argumento escrito por
Amiel tem muito boas possibilidades de ser um grande sucesso, com um orçamento
avultado e um realizador de créditos firmados. Consegue convencer Pebbel e
deixa cair Amiel que vê o seu guião ir parar às mãos de outro realizador de
maior prestígio. O sucesso de Shields erguer-se-á sobre uma traição. O filme
será um êxito.
O mesmo se passa com
Georgia Lorrison, filha de um velho actor, que não passa de uma figurante
alcoólica que ele retira do vício e do anonimato, colocando-a nos pináculos da
fama. Shields acredita no talento de Geórgia e confia sobretudo na sua
capacidade de a transformar numa grande vedeta. O que consegue. O amor surge
entre ambos, mas ele acabará por a trair com uma outra pretendente à
celebridade, Lila (Elaine Stewart). Geórgia corta com Shields, mas não corta
com o sucesso que ele lhe trouxe.
Triunfante, Shields tem já
a sua própria casa produtora, para onde vem trabalhar Pebbel.
O terceiro vértice desta
história é o escritor Bartlow, que vive discretamente como professor de
universidade, numa pequena cidade, casado com uma infantilizada mulher do Sul,
Rosemary (Gloria Grahame). O produtor quer ver Bartlow a colaborar consigo na
escrita de argumentos. Um seu romance tinha-se colocado na lista dos
bestsellers do momento e Shields convida-o e à mulher para passarem duas
semanas em Hollywood (“Duas semanas Noutra Cidade” será o título de um outro
filme, de Vincent Minnelli, que, de certa forma prolonga este na análise no
universo de Hollywood). Rosemary fica fascinada pela cidade e as celebridades
e, sobretudo, com o actor Victor "Gaucho" Ribera (Gilbert Roland).
Shields acaba por convencer o escritor e, para o manter longe da obsessiva
esposa, coloca esta nos braços de Ribera. Com efeitos trágicos.
No final desta tríplice
evocação, todos recusam a proposta de Shields, mas, à medida que vão ouvindo as
suas ideias sobre a nova produção, os seus olhares iluminam-se. Não se sabe com
que efeito, mas calcula-se quando as palavras “The End” se sobrepõem sobre os
seus rostos cada vez mais entusiasmados. O que parece dar razão a uma frase de
Shields: “Não se preocupem, alguns dos melhores filmes de sempre foram criados
em conjunto por pessoas que se detestavam entre si”.
O elenco é de luxo, o
casting brilhante, cada rosto assenta como uma luva na personagem. Minnelli
consegue criar uma atmosfera pesada, num preto e branco denso e soturno, que
deixa adivinhar de Holywood o reverso das luzes de ribalta que é a sua imagem
convencional (muito próximo de “O Crepúsculo dos Deuses”, de Billy Wilder).
“Cativos do Mal” está
pejado de piscadelas de olho ao espectador, com referências mais ou menos
velados a figuras de Hollywood que muitos tentaram desvendar. Há quem afirme
que a personalidade de Jonathan Shields foi decalcada de David O. Selznick,
Orson Welles ou Val Lewton. “Cat People” parece, aliás, uma referência óbvia
quando o produtor estabelece as premissas para o que entende ser um filme de terror,
em que a ameaça nunca é vista directamente. Os contornos de Georgia Lorrison
podem ser encontrados tanto na filha de John Barrymore (Diana Barrymore), como
na própria ex-mulher de Minnelli, Judy Garland, cujo divórcio tinha acabado de
ocorrer. Também a figura interpretada por Gilbert Roland tanto se parodia a si
própria como ao sedutor Porfirio Rubirosa, afamado playboy da época. Quanto ao
realizador Henry Whitfield (Leo G. Carroll) uns afirmam que foi Alfred
Hitchcock o modelo (com a sua assistente Miss March (Kathleen Freeman) a mimar
Alma Reville), mas algumas poses remetem para Fritz Lang ou Stroheim.
Finalmente, o escritor James Lee Barlow poderá ter sido inspirado em Paul Eliot
Green, um professor da Universidade de Carolina do Norte e autor de “The Cabin
in the Cotton”.
“The Bad and the Beautiful”
ganhou os Oscars para melhor actriz secundária (Gloria Grahame), melhor
decoração, melhor fotografia, melhor guarda-roupa, todos para filme a preto e
branco, e ainda melhor argumento. Kirk Douglas foi nomeado para melhor actor,
mas não venceria.
CATIVOS DO MAL
Título original: The Bad
and the Beautiful
Realização: Vincente Minnelli (EUA, 1952); Argumento: Charles Schnee, George
Bradshaw; Produção: John Houseman; Música: David Raksin; Fotografia (cor):
Robert Surtees; Montagem: Conrad A. Nervig; Direcção artística: Edward C.
Carfagno, Cedric Gibbons; Decoração: F. Keogh Gleason, Edwin B. Willis;
Maquilhagem: Sydney Guilaroff, William Tuttle; Assistentes de realização: Jerry
Thorpe; Som: Douglas Shearer; Efeitos especiais: A. Arnold Gillespie, Warren
Newcombe; Companhias de produção: Metro-Goldwyn-Mayer, Loew's Incorporated; Intérpretes: Lana Turner (Georgia
Lorrison), Kirk Douglas (Jonathan Shields), Walter Pidgeon (Harry Pebbel), Dick
Powell (James Lee Bartlow), Barry Sullivan (Fred Amiel), Gloria Grahame
(Rosemary Bartlow), Gilbert Roland (Victor 'Gaucho' Ribera), Leo G. Carroll
(Henry Whitfield), Vanessa Brown (Kay Amiel), Paul Stewart (Syd Murphy), Sammy
White, Elaine Stewart, Ivan Triesault, etc. Duração: 118 minutos; Distribuição
em Portugal: Warner Bros. (DVD); Classificação etária: M/ 12 anos; Estreia em
Portugal: 12 de Novembro de 1953.
VINCENTE
MINNELLI (1903-1986)
Lester Anthony Minnelli (Vincente
Minnelli) nasceu a 28 de Fevereiro de 1903, em Chicago, Illinois, EUA, e viria
a falecer a 25 de Julho de 1986, em Beverly Hills, Los Angeles, Califórnia,
EUA. O pai foi maestro no Minnelli Brothers' Tent Theater. Iniciou a sua
carreira no teatro, como figurinista, no Chicago Theater, depois na Broadway,
Nova Iorque, durante a Grande Depressão. Foi director artístico do Radio City
Music Hall e, em meados da década de 30, encenou um musical sobre partitura de
Franz Schubert, “At Home Abroad”. Arthur Freed, o grande produtor da MGM
convidou-o então a ingressar no cinema, tornando-se num dos maiores autores de
musicais, mas igualmente de comédias e melodramas. “Um Lugar no Céu” (1943) foi
o seu primeiro filme importante, a que se seguiram musicais inesquecíveis como
“Não Há Como a Nossa Casa” (1944), com Judy Garland, com quem casou em 1945, “A
Hora da Saudade”, “O Pirata dos Meus Sonhos”, “Um Americano em Paris”, “A Roda
da Fortuna”, “A Lenda dos Beijos Perdidos” ou “Gigi”. Mas filmes como “Cativos do Mal”, “Duas Semanas
Noutra Cidade”, “Deus Sabe Quanto Amei”, “Paixões sem Freio” ou “A Mulher
Modelo” mostram como sabia jogar com todas as nuances da emoção, do humor ao
drama. Foi um dos grandes cineastas de Hollywood na sua época gloriosa, possuidor
de uma sensibilidade muito particular, que foi sobretudo notada nos seus filmes
coloridos, muitas vezes de um tecnicolor garrido, mas de efeito surpreendente. Casado com Judy Garland (1945 - 1951), Georgette Magnani (1954 - 1958),
Danica "Denise" Radosavljev (1962 - 1971) e Lee Anderson (1980 -
1986). Pai de Liza Minnelli.
Filmografia:
1942: Panama Hattie (A
Loirinha do Panamá) (não creditado)
1943: Cabin in the Sky (Um
Lugar no Céu)
1943: I Dood It (Marido por
Acidente)
1944: The Heavenly Body
(Rival nas Alturas) (não creditado)
1944: Meet Me in St. Louis
(Não Há Como a Nossa Casa)
1945: The Clock (A Hora da
Saudade)
1945: Yolanda and the Thief
(Yolanda e o Vigarista)
1946: Ziegfeld Follies (As Mil Apoteoses de Ziegfeld ou Folias Ziegfeld)
(segmentos "This Heart of Mine", "Limehouse Blues", "A
Great Lady Has an Interview", "The Babbitt and the Bromide" and
"Beauty")
1946: Undercurrent
(Estranha Revelação)
1946: Till the Clouds Roll
By (Até as Nuvens Passarem) (não creditado)
1948: The Pirate (O Pirata
dos Meus Sonhos)
1949: Madame Bovary
1950: Father of the Bride (O Pai da Noiva)
1951: Father's Little Dividend (O Pai é Avô)
1951: An American in Paris
(Um Americano em Paris)
1952: Lovely to Look at (O
Amor Nasceu em Paris) (não creditado)
1952: The Bad and the Beautiful (Cativos do Mal)
1953: The Story of Three Loves (A História de Três Amores), (episódio
"Mademoiselle")
1953: The Band Wagon (A Roda da Fortuna)
1954: The Long, Long Trailer (Lua-de-Mel Agitada)
1954: Brigadoon (A Lenda
dos Beijos Perdidos)
1955: The Cobweb (Paixões
Sem Freio)
1955: Kismet (Um Estranho
no Paraíso)
1956: Lust for Life (A Vida
Apaixonada de Van Gogh)
1956: Tea and Sympathy (Chá
e Simpatia)
1957: Designing Woman (A
Mulher Modelo)
1957: The Seventh Sin (não
creditado)
1958: Gigi (Gigi)
1958: The Reluctant
Debutante (A Estreante Endiabrada)
1958: Some Came Running
(Deus Sabe Quanto Amei)
1960: Home from the Hill (A Casa da Colina)
1960: Bells Are Ringing (A
Menina dos Telefones)
1962: Four Horsemen of the
Apocalypse (Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse)
1962: Two Weeks in Another Town (Duas Semanas noutra Cidade)
1963: The Courtship of Eddie's Father (As Noivas do Papa)
1964: Goodbye Charlie
(Quando Ele era Ela)
1965: The Sandpiper (Adeus, Ilusões)
1970: On a Clear Day You Can See Forever (Melinda)
1976: A Matter of Time
LANA
TURNER (1921-1995)
Julia Jean Mildred Frances
Turner, conhecida por Lana Turner, nasceu a 8 de Fevereiro de 1921, em Wallace,
Idaho, EUA, e faleceu, aos 74 anos, em Century City, Los Angeles, EUA, a 29 de
Junho de 1995.
Lana Turner integra-se
perfeitamente na mitologia de Hollywood, sendo um dos seus casos mais célebres.
Foi, durante 20 anos, uma das actrizes de maior sucesso da MGM e a sua vida foi
um contínuo escândalo. Casou oito vezes com sete maridos, a saber: o músico
Artie Shaw (1940–1940), Stephen Crane (1942–1943, 1943–1944), o milionário
Henry J. Topping (1948–1952), o actor Lex Barker (1953–1957), Fred May
(1960–1962), o produtor Robert Eaton (1965–1969) e o hipnotizador Ronald Dante
(1969–1972). Mas manteve histórias escaldantes com muitos outros: Victor
Mature, Howard Hughes, Gene Krupa, Robert Stack, Tony Martin, Clark Gable,
Fernando Lamas, Peter Lawford e Rex Harrison, entre outros. Ao que consta, o
grande amor da sua vida foi Tyrone Power, com quem nunca casou.
Filha de Mildred Frances
Cowan e John Virgil Turner, quando tinha apenas 10 anos, o pai foi assassinado
numa rua de San Francisco. Lana foi colocada numa instituição religiosa, depois
voltou para junto da mãe, em Los Angeles. Diz a lenda que um jornalista do
“Hollywood Reporter”, Billy Wilkerson, a descobriu em 1935, a comer um gelado, no
"Top Rat Café", frente à Hollywood Highschool, onde cursava
dactilografia. Sugeriu-lhe que fizesse um teste para os agentes de Zeppo Marx.
Começou como figurante, mas com a ajuda do realizador Mervyn LeRoy, célebre por
descobrir talentos, torna-se rapidamente conhecida e uma vedeta, sobretudo
entre os adolescentes que adoravam os seus “pull-overs”, justíssimos, que lhe
modelavam as formas. Continuou ligada a Mervyn LeRoy, trocando a Warner Bros
pela Metro-Goldwyn-Mayer, para acompanhar o mestre. Cursou dicção, arte
dramática e dança na Little Red School House, escola da MGM, juntamente com
Judy Garland e Mickey Rooney, com quem filma uma das aventuras de Andy Hardy,
em 1938. Louis B. Mayer percebe que ela vai ter de substituir o sex symbol da
companhia, Jean Harlow. “Folies Ziegfeld”, de Robert Z. Leonard, é o seu
primeiro grande sucesso, logo seguido por tantos outros: “Dr. Jekyll and Mr.
Hyde”, de Victor Fleming, “Johnny Eager”, de Mervyn LeRoy, “Weekend at the
Waldorf”, de Robert Z. Leonard, “The Postman Always Rings Twice”, de Tay
Garnett, “The Three Musketeers”, de George Sidney, “The Bad and the Beautiful”,
de Vincente Minnelli, “The Merry Widow”, de Curtis Bernhardt, “Flame and the
Flesh”, de Richard Brooks, “The Rains of Ranchipur”, de Jean Negulesco, “Peyton
Place”, de Mark Robson, “Imitation of Life”, de Douglas Sirk, ou “Madame X”, de
David Lowell Rich, entre tantos outros. Na televisão, apareceu em “Falcon
Crest” e “The Love Boat”.
Mas a sua vida não foram só
sucessos: em Abril de 1958,
a sua filha Cheryl Crane, de 14 anos, assiste a uma
violenta discussão da mãe com o amante dessa altura, o gangster Johnny
Stompanato, e, para defender a mãe, apunhala o agressor. O caso torna-se
escândalo nas revistas rosa e todos pensam que Lana Turner pode estar arruinada
para sempre. Mais uma vez renasce, num melodrama belíssimo de Douglas Sirk,
“Imitation of Life”. Morre em 1995, vítima de cancro na laringe.
Filmografia:
1937: A Star is Born
(Nasceu uma Estrela), de William A. Wellman (figurante)
1937: They Won't Forget
(Esquecer, Nunca!), de Mervyn LeRoy (não creditado)
1937: Topper (O Par
Invisível), de Norman Z. McLeod
1937: The Great Garrick (O Grande Garrick), de James Whale
1938: Love Finds Andy Hardy (Andy Hardy Apaixona-se), de Mervyn LeRoy
1938: The Chaser, de Edwin L. Marin (cenas cortadas)
1938: Dramatic School (Ânsia de Vencer), de Robert B. Sinclair
1938: The Adventures of Marco Polo (As Aventuras de Marco Polo), de
Archie Mayo
1938: Four's a Crowd
(Quatro São Demais), de Michael Curtiz (não creditado)
1938: Rich Man, Poor Girl, de Reinhold Schunzel
1939: Calling Dr
Kildare (Chamam o Dr. Kildare), de Robert Z. Leonard
1939: These Glamour Girls (Meninas da Alta Roda), de S. Sylvan Simon
1939: Dancing Co-Ed (Abc da Folia), de S. Sylvan Simon
1940: Two Girls on Broadway (Curvas Perigosas), de Mervyn LeRoy
1940: We Who Are Young (A Força dos Novos), de Harold S. Bucquet
1941: Honky Tonk (Honky
Tonk, a Cidade em Delírio), de Jack Conway
1941: Ziegfeld Girl (Sonho
de Estrela), de Robert Z. Leonard
1941: Dr. Jekyll and Mr.
Hyde (O Médico e o Monstro), de Victor Fleming
1942: Somewhere til find
you (Tempestade no Pacífico), de Wesley Ruggles
1942: Johnny Eager (Vidas
Queimadas), de Mervyn LeRoy
1943: Slightly dangerous
(Ligeiramente Perigosa), de Wesley Ruggles
1943: Du Barry was a Lady
(Du Barry Era uma Senhora), de Roy Del Ruth
1943: The Youngest
Profession (Na Pista das Estrelas), de Edward Buzzell
1944: Marriage is a Private
Affair (O Amor Vem Depois), de Robert Z. Leonard
1945: Keep Your Powder Dry
(Éramos Três Camaradas), de Edward Buzzell
1945: Weekend at the
Waldorf (Fim-de-Semana no Waldorf), de Robert Z. Leonard
1946: The Postman Always
Rings Twice (O Destino Bate à Porta), de Tay Garnett
1947: Cass Timberlane (As
Duas Idades do Amor), de George Sidney
1947: Green Dolphin Street
(A Rua do Delfim Verde), de Victor Saville
1948: The Three Musketeers
(Os Três Mosqueteiros), de George Sidney
1948: Homecoming (A Rival),
de Mervyn LeRoy
1950: A Life of Her Own
(Seguirei o Meu Destino), de George Cukor
1951: Mr. Imperium (É
Proibido Amar), de Don Hartman
1952: The Bad and the Beautiful (Cativos do Mal), de Vincente Minnelli
1952: The Merry Widow (A
Viúva Alegre), de Curtis Bernhardt
1953: Latin Lovers (Meu
Amor Brasileiro), de Mervyn LeRoy
1954: Betrayed (Atraiçoada), de Gottfried Reinhardt
1954: Flame and the Flesh (Conflito de Paixões), de Richard Brooks
1955:
The Rains of Ranchipur (As Chuvas de Ranchipur), de Jean Negulesco
1955: The Sea Chase (A Raposa
dos Mares), de John Farrow
1955: The Prodigal (O Filho
Pródigo), de Richard Thorpe
1956: Diane (Diana de
França), de David Miller
1957: Peyton Place (Amar
Não é Pecado), de Mark Robson
1958: The Lady Takes a Flyer (Amor nas Nuvens), de Jack Arnold
1958: Another Time, Another Place (O Amor Que Roubei), de Lewis Allen
1959: Imitation of Life
(Imitação da Vida), de Douglas Sirk
1960: Portrait in Black
(Moldura Negra), de Michael Gordon
1961: Bachelor in Paradise
(Um Solteirão no Paraíso), de Jack Arnold
1961: By Love Possessed (A Posse do Amor), de John Sturges
1962: Who's Got the Action? (As Loucuras do Meu Marido), de Daniel Mann
1965: Love has Many Faces
(O Amor Tem Muitas Faces), de Alexander Singer
1966: Madame X (Madame X), de David Lowell Rich
1969: The Big Cube, de Tito Davison
1969-70: The Survivors (série de TV)
1971: The Last of the Powerseekers (TV)
1974: Persecution, de Don Chaffey
1974: The Graveyard, de Don Chaffey
1976: Bittersweet Love, de David Miller
1980: Witches Brew, de Richard Shorr
1982: Dead Men Don't Wear
Plaid (Cliente Morto Não Paga a Conta), de Carl Reiner
1982-83: Falcon Crest
(série de TV)
1985: The Love Boat (série de TV)
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