terça-feira, 11 de março de 2014

SESSÃO 25: 31 DE MARÇO DE 2014


UM ELÉCTRICO CHAMADO DESEJO (1951)
Uma das coroas de glória de Kazan como homem de teatro havia sido a encenação, em Dezembro de 1947, de “A Streetcar Named Desire”, de Tennessee Williams, numa produção de Irene Selznick, no Barrymore Theatre, contando com um elenco de luxo, MarIon Brando, Kim Hunter, Jessica Tandy, Karl Malden, nos principais papéis, ao lado ainda de Edna Thomas, Nick Dennis, Vito Christi, Ann Dere, Gee Gee James, Peg Hillias, Richard Garrick e Rudy Bond. O duplo para MarIon Brando era Jack PaIance. O espectáculo teve um êxito retumbante, com 855 representações, impondo uma reposição em 1950.
A famosa peça teatral de Tennesse Williams, foi depois adaptada ao cinema pelo próprio, num filme com a assinatura de Elia Kazan, conservando quase todo o elenco da versão teatral – entre os principais papéis, apenas Jessica Tandy foi substituída por Vivien Leigh, mantendo, ou acrescentando, se possível, uma qualidade invulgar, reconhecida por todos (Vivien Leigh, Kim Hunter e Karl Malden ganharam mesmo os "Oscars” dos melhores do ano de 1951 nas respectivas categorias) e Marlon Brando impunha-se em plena apoteose do “método”, apesar de nesta altura ter passado ao lado do Óscar.
Numa Nova Orleães brumosa e nocturna, com o jazz e a música negra a ecoar pelas ruas, Blanche (Vivien Leigh) chega à estação de caminhos-de-ferro e pretende apanhar um eléctrico para “Desejo”. Um marinheiro indica-lhe qual o eléctrico que se dirige a “Desejo”, passa por “Cemitério” e vai dar aos “Campos Eliseus”. Um bairro pobre e degradado onde vive a irmã Stella (Kim Hunter) com o marido, um polaco de nome Stanley Kowalski (Marlon Brando). Blanche é uma mulher frágil e sensível, arruinada por um passado cruel, assistiu às mortes do pai, da mãe, de Margareth, e provocara o suicídio de um jovem que a amava e ela desiludira (No Moon Lake Casino: “Um tiro! Enfiou o revólver na boca e disparou. Um tiro!”).
Professora, explica que lhe concederam uma licença especial para visitar a irmã, mas o seu passado encobre algo de misterioso. Não quer estar só, tem horror à luz, procura esconder os anos que passaram por ela, mente ou fantasia apenas. Desligada da realidade, Blanche move-se em silêncio e segredo, procurando esquecer a Dame Blanche que todos conhecem na sua terra natal. Perdeu a terra e a casa (“Belle Rêve”), Kowalski desconfia desta mulher que o acha brutal, vulgar, um animal. Pergunta à irmã se está casada com um louco, se já esquecera a educação que ambas tiveram e essa marcha constante em busca da elevação, da música, da arte. Blanche ronda docemente a loucura, cria fantasia e magia em lugar de encarar a realidade, mas esta irá surgir um dia, quando Kowalski, farto da sua presença, resolve investigar o seu passado, os homens que levava para as camas de quartos que a expulsavam, até saber que afinal fora afastada da escola depois de o pai de um rapaz de 17 anos ter feito queixa dela por sedução do rapaz. Blanche é uma fugitiva de si própria, perdida em fantasmas e recordações amargas.
Encontra em Mitch (Kal Malden), um amigo, colega de trabalho e companheiro de pocker de Kowalski, um pretendente que lhe propõe casamento. Ela chama-o o seu “Cavaleiros das Rosas”. Ele procura reunir solidões: “Preciso de alguém, precisas de alguém, não poderíamos ficar juntos?” E Blanche sente que tudo é possível: “Às vezes, Deus existe!” Mas Deus está longe desta tragédia de desejos reprimidos, de frustrações, de fantasias e de solidão total. Mitch descobre o passado de Blanche e abandona-a, Kowalski abusa dela na ausência da irmã que passa a noite na maternidade, uma negra vende “flores para os mortos”, o eléctrico depois de passar por “Desejo”, está prestes a parar em “Cemitério”.
Um acesso de realismo (ela que “não quer realismo, quer magia!”), leva-a a gritar bem alto que o hotel não se chamava Flamingo, mas “Braços de Tarântula” e que ela fora para a cama com muitas companhias desconhecidas. Um colete-de-forças, o braço de um príncipe encantado conduzirão Blanche para fora dos “Campos Eliseus”.
Um ambiente opressivo, um conflito na linha das obsessões de Tennesse Williams, com personagens frágeis e puras, asfixiadas pela presença dominante e agressiva de uma moralidade restritiva, aqui de certa forma personificada pela figura interpretada por Marlon Brando. Um cenário estilizado, a que alguns apontam uma nítida influência de Sternberg, e uma notável fotografia a preto e branco, de Harry Stadling, associam-se para lograr uma atmosfera de um claro-escuro viciado e inquietante. Um filme doloroso, mas fascinante, que marca uma época do cinema norte-americano. Kazan transportara do palco para o ecrã uma obra-prima que se serve magistralmente de uma simbologia simples e inocente, para mergulhar numa angustiante análise freudiana, tão cara a Tennesse Williams e ao próprio realizador. Entre a psicanálise e o marxismo, Kazan opta pela primeira, não esquecendo, porém, o retrato social que nunca renegou.
UM ELÉCTRICO CHAMADO DESEJO
Título original: A Streetcar Named Desire
Realização: Elia Kazan (EUA, 1951); Argumento: Oscar Saul, Tennessee Williams, segundo peça teatral de Tennessee Williams (“A Streetcar Named Desire”); Música: Alex North; Fotografia (p/b): Harry Stradling Sr.; Montagem: David Weisbart; Direcção artística: Richard Day; Decoração: George James Hopkins; Guarda-roupaa: Lucinda Ballard; Maquilhagem: Gordon Baú; Asistente de realização: Joseph Don Page; Som: C.A. Riggs,Nathan Levinson; Produção: Charles K. Feldman; Intérpretes: Vivien Leigh (Blanche DuBois), Marlon Brando (Stanley Kowalski), Kim Hunter (Stella Kowalski), Karl Malden (Harold 'Mitch' Mitchell), Rudy Bond (Steve), Nick Dennis (Pablo Gonzales), Peg Hillias (Eunice), Wright King, Richard Garrick, Ann Dere, Edna Thomas, Mickey Kuhn, Mel Archer, Marietta Canty, John George, Chester Jones, Lyle Latell, Maxie Thrower, Charles Wagenheim, etc. Duração: 122 minutos; Distribuição em Portugal: Sif (cinema); Warner Bros. (DVD); Classificação Etária: M/12 anos.

ELIA KAZAN (1909-2003)
Elia Kazan (Elias Kazanjoglou era o nome de baptismo) nasceu em Constantinopla, cidade então do Império Otomano (hoje Istambul, na Turquia), a 7 de Setembro de 1909. Mas foi grego o registo da sua nacionalidade, dado que os pais tinham essa origem. Aos quatro anos de idade, a família emigrou para Nova Iorque e leva-o consigo, perseguindo sonhos e quimeras que a América, terra das oportunidades, não deixava de criar nos pobres europeus do velho continente. Estabeleceram-se com um negócio de tapetes, e Elia começou os seus estudos em Nova Iorque, passando depois para a Mayfair School de New Rochelle, para onde os pais se mudaram, vindo a terminar o curso no Williams College, em 1930, prosseguindo depois uma especialização no Drama Department of Yale, dando assim vazão à sua paixão pelo teatro.
Em 1932, é actor e assistente de encenação no Group Theatre, uma companhia teatral formada há muito pouco por Lee Strasberg e Harold Clurman. Por essa altura, na cena nova-iorquina, este grupo e o Federal Theatre, de Orson Welles e John Houseman, eram as companhias de vanguarda, destacando-se quer pelas suas ideias progressistas, radicadas nos ideais do “New Deal”, de Roosevelt, mas também nas ideologias socialistas e comunistas, muito em voga nessa época nos meios intelectuais norte-americanos, quer pelo arrojo formal da sua concepção cénica.
Como actor, Kazan interpreta personagens proletárias de obras de Clifford Odets, dedica-se a acções de empenhamento social, distribui propaganda e filia-se no Partido Comunista, onde permanece pouco tempo. Desse período de actor retém-se as suas participações em “Chryssalis”, de Rose Albert Porter (1932); “Men in White”, de Sidney Kingsley (1933); “Gold Eagle Guy”, de Melvin Levy (1934); “Waiting For Lefty”, de Clifford Odets (1935), “Till The Day I Die”, de Clifford Odets (1935), “Paradise Lost”, de ClIfford Odets (1935); “Johnny Johnson”, de Paul Green (1936); “Golden Boy”, de Clifford Odets(1937); “The Gentle People”, de Irwin Shaw (1939); “Night Music”, de Clifford Odets (1940), “Liliom”, de Ferenc Mólnar (1940) e ainda “Five Alarm Waltz”, de Lucille S. Prumbs (1941). Durante este período de aprendizagem, foi decisivo o seu trabalho com encenadores como Lee Straberg, Clifford Odets ou Harold Clurman.
Pouco depois de se estrear como actor, e de passar por algumas outras tarefas, como director de cena e produtor, encena já algumas das peças que irão figurar no seu registo mítico e que o transformaram numa lenda viva, ao criar uma das mais vertiginosas e retumbantes carreiras teatrais de todos os tempos.
Em 1934, “Dimitroff”, de EIia Kazan e Art Smith, com encenação de ambos os autores, apresentado pela League of Workers Theatres no Old Civic Repertory Theatre, assinala a passagem a encenador. Em 1935, “The Young Go First”, de  Peter Martin, Charles Scudder e Charles Friedman, com encenação de Alfred Saxe e Elia Kazan, apresentado pelo Theatre of Action no Park Theatre, prolonga a experiência que irá continuar ainda no Theatre of Action , em 1936, com “The Crime”, de Michael Blankfort.
Em 1938, “Casey Jones”, de Robert Ardrey, produzido pelo Group Theatre no Fulton Theatre, assinala a encenação a solo de Elia Kazan neste grupo, continuada em 1939, com “Quiet City”, de Irwin Shaw  e “Thunder Rock”, de Robert Ardrey. Em 1942, agora no Cort Theatre, Kazan encena “Cafecrown”, de Hy S. Kraft, e, no mesmo ano, no Royale Theatre, “The Strings, My Lord, Are False”, de Paul Vincent Carroll, e “The Skin of Our Teeth”, de Thornton Wilder, no Plymouth Theatre.
A carreira de Kazan no teatro prossegue com diversas encenações largamente referenciadas pela crítica, aplaudidas pelo público e premiadas: em 1943, “Harriet”, de Florence Ryerson e Colin Clements, no Henry Miller Theatre, e “One Touch of Vénus”, de S. J. Perelman e Ogden Nash, inspirada na história “The Tinted Vénus”, de F. Anstey, no Imperial Theatre; Encenação: Elia Kazan. Em 1944, “Jacobowsky And The Colonel”, de S. N. Behrman, segundo peça de Franz Werfel, produção do Theatre Guild e John H. SkirbaIl no Martin Beck Theatre, e “Sing Out, Sweet Land”, de Jean e Walter Kerr, no lnternational Theatre. Em 1945, “Deep Are the Roots”, de Amaud D' Usseau e James Gow, no Fulton Theatre, “Dunnigan's Daughter”, de S. N. Behrman, uma produção de The Theatre Guild, novamente no Golden Theatre.
Em 1947, cria o “Actor’s Studio” juntamente com Lee Strasberg, e com “All My Sons”, de Arthur MiIIer, uma produção Harold CIurman, EIia Kazan, WaIter Fried e Herbert H. Harris, no Coronet Theatre, inicia a sua época de ouro como encenador, continuada com “A Streetcar Named Desire”, de Tennessee Williams, uma produção Irene Selznick, no Barrymore Theatre, que representa o triunfo do “Método”, criado pelo “Actor’s Studio”. 1948 fica marcado por “Sundown Beach”, de Bessie Breuer, uma produção Louis J. Singer para o Actors' Studio, no BeIasco Theatre, e “Love Life”, de Alan Jay Lerner, com produção de Cheryl Crawford, no 46th St. Theatre. 1949 é o ano de “Death of a Salesman”, de Arthur Miller, com produção de Kermit Bloomgarden e Walter Fried, no Morosco Theatre.
“Flight Into Egypt”, de George Tabori, no Music Box Theatre (1952), “Camino Real”, de Tennessee Williams, no National Theatre (1953), “Tea and Sympathy”, de Robert Anderson, no Ethel Barrymore Theatre, “Cat on a Hot Tin Roof”, de Tennessee Williams, uma produção da Playwright's Company, no Morosco Theatre (1955), “The Dark at the Top of the Stars”, de William Inge, no Music Box Theatre (1957), “J. R.”, de Archibald MacLeish, no ANTA Theatre (1958) e “Sweet Bird of Youth”, de Tennessee Williams,  no Martin Beck Theatre (1959) são outros espectáculos memoráveis.
Em 1964, depois de um curto período de ausência dos palcos, Kazan regressa com as encenações de “After the Fall”, de Arthur Miller, “But For Whom Charlie”, de S. N. Behrmano e “The Changeling”, de Thomas Middleton e William Rowley, todas com produção do Repertory Theater of Lincoln Center no ANTA Washington Square Theatre.
Durante grande parte desta carreira teatral, Kazan combinou este trabalho no palco com o de realizador de cinema. A sua derradeira colaboração com o teatro foi a co-direcção do Repertory Theatre of Lincoln Center for the Performing Arts, que teve a seu cargo entre 1963 e 1964, abandonando definitivamente os palcos depois disso. A sua actividade teatral permitiu-lhe dirigir directamente alguns dos maiores actores do teatro e do cinema norte-americanos, tais como Van Heflin, Charles Bickford, Lee J. Cobb, Frances Farmer, Will Lee, Ruth Gordon, Art Smith, Tallulah Bankhead, E. G. Marshall, Montgomery Clift, Fredric March, Louis Calhern, Burl Ives, Barbara Bel Geddes, Jan SterIing, Ed BegIey, Arthur Kennedy, Karl Malden. MarIon Brando, Kim Hunter, Jessica Tandy, Martin Balsam, Julie Harris, Cloris Leachman, Cameron Mitchell, Arthur Kennedy, Zero Mostel, Paul Lukas, Jo Van Fleet, Frank Silvera, Eli Wallach, Deborah Kerr, Richard Franchot, Ben Gazzara, Madeleine Sherwood, Pat Hingle, Teresa Wright, Chritopher Plummer, Raymond Massey, Paul Newman, Geraldine Page, Jason Robards, Faye Dunaway, Ralph Meeker, Hall Holbrook, John Phillip Law, Barry Primus, ou mesmo alguns cineastas que atravessaram períodos de carreira como actores, casos de Martin Ritt, Nicholas Ray, Lou Antonio, entre outros.
A partir de 1945, Kazan passa ao cinema, convidado pela 20th Century Fox para integrar a sua equipa de realizadores, numa altura em que os estúdios norte-americanos procuram avidamente novos talentos.
Elia Kazan fora para Hollywood depois do Group Theatre fechar as portas. Em Hollywood, intervém como actor em duas películas de Anatole Litvak: “City for Conquest” (1940) e “Blues in the Night” (1941). Antes, porém, ainda bastante jovem, já havia colaborado numa comédia, ainda na década de 30, “Pie in the Sky” (1934) e tentado a realização com dois documentários institucionais,  “The People of the Cumberlands” (1937), uma produção Frontier Films, e “It's Up To You” (1941), uma produção do Ministério da Agricultura.
Mas a estreia no filme de ficção dá-se precisamente em 1954, com “A Tree Grows in Brooklyn”, história de uma família de emigrantes irlandeses, aliás um dos temas que mais fortemente irá impregnar toda a filmografia deste autor, profundamente preocupado com a inserção social das suas personagens. Isso mesmo se irá confirmar nas suas realizações seguintes, “Boomerang” (1947), que aborda a justiça, os seus mecanismos e a possibilidades do erro judiciário, ou “Gentleman's Agreement” (1947), denunciando o racismo, neste caso o anti-semitismo. Será, todavia, em “Panic in the Streets” (1950), um “filme negro” invulgar que se irá impor como um nome incontornável na cinematografia norte americana dessa época. Posteriormente, em 1951, dirige Marlon Brando em “Um Eléctrico Chamado Desejo” (sua primeira adaptação teatral ao cinema) e “Viva Zapata!” e, posteriormente, em “Há Lodo no Cais”(1954). Por esta altura, numa época em que o Maccarthismo ameaçava a sociedade norte-americana, Kazan protagoniza um episódio chave da sua vida, denunciando companheiros de trabalho que pertenceram, como ele, ao Partido Comunista, publicando um anúncio onde confessava essas actividades, e depondo perante a Comissão das actividades anti-americanas. Esta sua atitude iria marcar todo o seu futuro, em particular a sua obra, que irá procurar justificar o seu comportamento. “Há Lodo no Cais” e “Viva Zapata!” são algumas dessas etapas.
Em “On the Waterfront”, escrito por Budd Schulberg, Kazan, através da personagem interpretada por Marlon Brando, tenta fazer perceber aos outros a lógica da sua denúncia, servindo-se de um caso de corrupção no ambiente do sindicalismo. O delator confronta-se com a sua consciência, mas um imperativo moral leva-o a denunciar (falsos) amigos e a por a claro a podridão que campeia numa organização mafiosa.
Em 1955, roda “A Leste do Paraiso” com um novo actor em quem deposita toda a confiança, voltando a acertar em cheio: James Dean brilhará para sempre como o retrato do jovem revoltado “sem causa”, que ainda sobrevive presentemente na mitologia mundial. O cineasta estreia-se também na cor e no Cinemascope, com resultados brilhantes.
“Esplendor na Relva” (1961), segundo John Steinbeck, é outra das suas obras assumidamente autobiográficas, até se chegar a “America, América” (1963), que fala directamente de si, da sua chegada à América e da sua família. Os seus últimos filmes são “O Compromisso” (1969), uma adaptação de um romance seu que é outro momento confessional, “Os Visitantes” (1972), uma obra experimental, com poucos recursos, percorrendo os caminhos imaginados pelo escritor Chris Kazan, seu filho, anunciando então a sua retirada também do cinema. Mas regressa com “O Último Magnate” (1979), dirigindo outro monstro sagrado, Robert De Niro, e onde empreende uma meditação sobre Hollywood e o cinema.
Elia Kazan casou pela primeira vez com Molly Day Thatcher (5 de Dezembro de 1932 até Dezembro de 1963) e depois com a actriz Barbara Loden (1967 a 5 de Setembro de 1980), enviuvando de ambas. Em 1982 casou pela terceira vez, com Frances Rudge, que o acompanhou até à data da sua morte, a 28 de Setembro de 2003, na sua casa em Manhattan, Nova Iorque. 

Filmografia:
1937: The People of The Cumberland (curta-metragem)
1941: It's Up to You (documentário)
1945: A Tree Grows in Brooklyn (Laços Humanos)
1945: Watchtower over Tomorrow (curta-metragem)
1947: Boomerang! (Crime sem Castigo)
1947: The Sea of Grass (Terra das Ambições)
1947: Gentleman's Agreement (A Luz é para Todos)
1949: Pinky (Herança Cruel)
1950: Panic in the Streets (Pânico nas Ruas)
1951: A Streetcar Named Desire (Um Eléctrico Chamado Desejo)
1952: Viva Zapata! (Viva Zapata!)
1953: Man on a Tightrope   (Salto Mortal)
1954: On the Waterfront (Há Lodo no Cais)
1955: East of Eden (A Leste do Paraiso)
1956: Baby Doll (A Voz do Desejo)
1857: A Face in the Crowd (Um Rosto na Multidão)
1960: Wild River (Quando o Rio se Enfurece)
1961: Splendor in the Grass (Esplendor na Relva)
1962: America, America (América, América)
1969: The Arrangement (O Compromisso)
1972: The Visitors (Os Visitantes)
1976: The Last Tycoon (O Grande Magnate)

Principais Prémios:
Oscars da Academia de Hollywood: 1947: Melhor Realizador: Gentleman's Agreement; 1951: Melhor Realizador (nomeado): A Streetcar Named Desire; 1954: Melhor Realizador: On the Waterfront; 1955: Melhor Realizador (nomeado): East of Eden; 1963: Melhor Realizador (nomeado): America, América; 1963: Melhor Argumento Original (nomeado): America, América; 1998: Prémio D.W. Griffith pela sua contribuição ao cinema; 1999: Prémio Honorário de Carreira.
New York Film Critics Circle: Melhor Realização: 1947: Boomerang!; 1947: Gentleman's Agreement; 1949: Pinky; 1951: A Streetcar Named Desire; 1954: On the Waterfront; 1956: Baby Doll; Melhor Filme: 1947: Boomerang!; 1947: Gentleman's Agreement; 1951: A Streetcar Named Desire; 1954: On the Waterfront. 
Directors Guild of America: Melhor Realizador 1954: On the Waterfront; nomeado: 1952: Viva Zapata!; 1955: East of Eden; 1957: A Face in the Crowd; 1961: Splendor in the Grass; 1963: America, America. 
Golden Globe: 1947: Melhor Realizador: Gentleman's Agreement; 1954: On the Waterfront; 1956: Baby Doll; 1963: America, America 
Festival de Cannes: 1947: Em Competição: Boomerang!; 1952: Viva Zapata!; 1972: The Visitors 1955: Melhor Filme Dramático: East of Éden.
Festival de Veneza: 1954: Leão de Ouro: On the Waterfront; 1951: Prémio Especial do Júri: A Streetcar Named Desire; 1950: Prémio Internacional: Panic in the Streets; Em Competição: 1948: Gentleman's Agreement.   
British Academy Awards: 1952: Melhor Filme: Viva Zapata!; 1954: Melhor Filme em inglês: On the Waterfront; 1955: Melhor Filme: East of Éden; 1956: Melhor Filme em inglês: Baby Doll.
Festival de Berlin: 1953: Melhor Filme na votação do público e Prémio do Júri Internacional: Man on a Tightrope; Em Competição: 1953: Man on a Tightrope; 1960: Wild River.

MARLON BRANDO 
(1924 - 2004)
Considerado por muitos como “o melhor actor de cinema de todos os tempos”, Marlon Brando, que revolucionou decididamente as artes dramáticas nos Estados Unidos com suas actuações em “Um Eléctrico Chamado Desejo”, em 1951, e “Há Lodo no Cais”, em 1954, e que, depois, em 1972, criaria a mítica personagem de Don Vito Corleone em “O Padrinho”, morreu aos 80 anos, num hospital de Los Angeles. Foi o seu advogado, David J. Seeley quem fez a participação à imprensa, não querendo revelar o nome do hospital, nem a causa da morte. "Era um homem muito reservado", disse Seeley. Mais tarde, porém, Roxanne Moster, a porta-voz do centro médico da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, onde Brando estava internado, declarou que ele morreu na noite de 1 de Julho (de 2004), devido a uma insuficiência pulmonar. O funeral foi uma cerimónia íntima. Marlon Brando tinha deixado várias cassetes onde preparara a encenação do seu enterro, explicando quem deveria ou não ser convidado para a cerimónia fúnebre e dando indicações precisas quanto ao testamento. O seu desejo era ser cremado e que as suas cinzas fossem espalhadas pelas palmeiras da ilha no Tahiti da qual ele chegou a ser proprietário. Aquele que fora o homem mais sedutor da terra durante a década de 50, e ganhara depois disso fama de ser o melhor actor do mundo, morria sozinho num hospital, depois de ter passado os últimos anos de vida num pequeno apartamento, “de um único quarto”, em Mulholland Drive, Los Angeles, sobrevivendo unicamente com a pensão estatal de actor, e rodeado por dívidas que ascendiam a mais de 20 milhões dólares, muitas das quais devidas ao apoio jurídico que concedeu ao seu filho mais velho, Christian, que matara a tiro Dag Drollet, de 26 anos, amante tahitiano de sua meia-irmã Cheyenne. Este drama fatídico tivera lugar na mansão da família em Beverly Hills, em Maio de 1990. Christian, de 31 anos, assumiu a culpa e foi condenado a dez anos de prisão. Mas a tragédia não abandonou a família e atingiu a intensidade máxima quando Cheyenne, deprimida com a morte de Drollet, se suicidou aos 25 anos de idade. Marlon Brando nunca mais voltou a ser o mesmo.
A boa estrela do actor já o havia abandonado há muito. Em 2002, Brando sofrera uma pneumonia, que o tinha deixado preso numa cadeira de rodas, respirando com a ajuda de uma máscara de oxigénio. Padecia também com o descomunal excesso de peso, causado por desregulamentos de todo o género: uma vida sedentária, alimentação desaconselhável, bebida sem limite, um gosto desmedido por guloseimas. Afirmam as manchetes dos jornais que, não muito tempo antes da morte, fora visto a comprar enormes copos de gelado, num supermercado perto de casa, dado que a enfermeira lhe havia fechado o frigorífico a cadeado.
Mas continuava activo: uma semana antes de morrer, Marlon Brando encontrara-se com o cineasta franco-tunisiano Ridha Behi para alterarem partes do guião de um novo filme, “Brando e Brando”, em que ele iria interpretar o seu próprio papel e cujas filmagens se anunciavam para breve. Ridha Behi garantiu que iria continuar a produção em homenagem ao actor.
Foi, desde o início da carreira no cinema, no princípio da década de 50, um actor que deu corpo e alma a um tipo de herói americano por excelência. Na América individualista, há vários géneros de heróis, do “self made man” vencedor, que faz a imagem dos Estados Unidos triunfalistas, ao anti-herói amargurado por dúvidas, com ou sem causas a defender, sacrificado e mortificado por uma sociedade desapiedada, onde só os mais fortes sem escrúpulos triunfam. Antes de Marlon Brando, tinha havido já ensaios tímidos desta personagem, com actores como John Garfield, depois dele alguns outros surgiram a dar corpo a essa imagem, como James Dean, Montgomery Clift, Paul Newman ou Steve McQueen. Mais recentemente, Sean Penn ou Leonardo di Caprio podem ser dados como sucessores da dinastia. São sedutores inatos, personagens românticas, almas transviadas, perdidas, incapazes de segurar momentos de perfeição ou plenitude. Que atravessam, para se perderem no momento seguinte, num ímpeto de rebeldia, num acesso de independência gratuita, que apenas procura marcar uma atitude.
Marlon Brando teve uma infância infeliz. Mas onde é que já se leu esta frase adaptada a actores norte-americanos, daqueles que para sempre marcaram a história do teatro e do cinema mundiais? Nasceu em Omaha, no Estado do Nebraska, a 3 de Abril de 1924, numa família que mesclava nas suas origens irlandesas, com antepassados franceses e ingleses. Chamavam-se originalmente Brandeau.
O pai, de nome Marlon Brando, era um vendedor de carbonato de cálcio e a mãe, cujo nome de solteira era Dorothy Pennebaker, trabalhava no Teatro Comunitário de Omaha, onde ocasionalmente era actriz. Foi ela quem levou Marlon Brando ao teatro pela primeira vez. Tinha duas irmãs mais velhas, Frances e Jocelyn. A família mudou-se para Evanston, Illinois. Quando a mãe se separa do pai, em 1935, ela parte para Santa Ana, Orange County, Califórnia, levando consigo os filhos; reagrupada a família novamente, em 1937, voltam finalmente a Illinois, mas instalam-se Libertyville, no norte de Chicago, perto do lago Michigan.
Na autobiografia que escreveu de colaboração com o jornalista Robert Lindsey, “Canções Que Minha Mãe Me Ensinou”, Brando relembrou a infância, como época difícil e triste da sua vida, que moldaria o adulto e o marcaria psicologicamente para sempre. Tanto o pai como a mãe eram bêbados sem resgate. À mãe, que progressivamente caminhava para um estado de loucura, Marlon Brando perdoou tudo, apesar de ser evidente que foi ela a complicar as suas relações futuras com as mulheres. O pai, ébrio e violento, mulherengo que saía de casa para frequentar bordeis de prostitutas sem eira nem beira, batia no filho e acusava-o de que “nunca seria nada na vida”.
Brando era efectivamente um rapaz rebelde e o pai mandou-o para uma escola militar, a Shattuck Military Academy, em Fairbult, Minnesota, para o disciplinar, mas foi rapidamente expulso. Voltou a casa, por uns tempos, mas aos 19 anos mudou-se para Nova Iorque, dividindo um apartamento com sua irmã Frances. Era a independência. O gosto da liberdade, que não mais deixou de perseguir. Na academia militar, apenas um professor de inglês que também encenava peças de teatro, manifestara optimismo na carreira futura de Brando. Quando saiu da escola, despediu-se dele com um reconfortante “o mundo ainda há-de ouvir falar de ti!” Como só o tinham elogiado no teatro, pensou: “Vou ser actor!”
Em 1943, Brando inscreve-se num curso de teatro dirigido pelo emigrante alemão Erwin Piscator. Frequentou o Dramatic Workshop da New School for Social Research, tendo como professora Stella Adler, que vivera em Moscovo na década de 30 e estudara e trabalhara com Konstantin Stanislavsky no Teatro das Artes de Moscovo. Na América, animou o Group Theatre que usava o “método” de Stanislavsky, segundo o qual cada actor tinha de alimentar as personagens que criava com as emoções da sua própria personalidade. Marlon Brando sempre esteve mais próximo de Stella Adler, do que do outro seguidor do método, Lee Strasberg, de quem, aliás, se distanciou tempos mais tarde, acusando-o de oportunismo e muito mais.
Sobre o trabalho de Stella, não se cansa de o elogiar: “Deixou um legado espantoso. Praticamente toda a representação nos filmes de hoje tem origem nela e teve um efeito extraordinário na cultura do seu tempo. (…) As técnicas que trouxe para este país e ensinou aos outros transformaram grandemente a arte de representar. Primeiro, transmitiu-as aos outros membros do Groupo Theatre e, depois, actores como eu, que foram seus alunos. Exercemos o nosso ofício de acordo com a forma e o estilo que nos ensinou e, dado que os filmes norte-americanos dominam o mercado mundial, os ensinamentos de Stella influenciaram actores em todo o mundo.” Mais adiante: “Representação metódica” foi um termo popularizado, abastardado e mal utilizado por Lee Strasberg, um homem por quem tinha pouco respeito e, por isso, hesito em usá-lo. O que Stella ensinava aos seus alunos era a descobrirem a natureza da sua própria mecânica emocional e, portanto, a de outros. Ensinou-me a ser verdadeiro e a não tentar representar uma emoção que não sentisse pessoalmente durante a representação.”
Em 1944, Brando estreia-se no teatro na companhia da Dramatic Workshops no papel de Jesus na peça de Gerhart Hauptmann, “Hannele”. Durante o verão, apresenta “Twelfth Night” num festival em Long Island. Fazia o papel de Sebastian, mas foi afastado da companhia por ter sido descoberto enrolado com uma rapariga. Piscator não perdoou, mas Marlon Brando afirma que mais tarde foi o próprio Piscator surpreendido com uma das actrizes da companhia.
No mesmo ano, aparece na Broadway, na obra – não musical - de Rodgers and Hammerstein "I Remember Mama", que esteve dois anos em cena. Estreou a 19 de Outubro de 1944. Por essa altura inventava biografias exóticas para si. No “Playbill” dessa época tão depressa nascera na China como em Banguecoque, e o pai era geólogo ou zoófilo. No camarim tinha “A Crítica da Razão Pura”, de Kant, “Os Discursos”, de Eicteto, ou obras de Thoreau, Gibbon ou Rousseau. 
Em 1946, Brando interpreta o drama de Maxwell Anderson “Truckline Café”, dirigido por Elia Kazan, o mesmo encenador que lhe daria o papel de Kowalski em “Um Eléctrico Chamado Desejo”, em 1947. Interpreta ainda “A Águia das Duas Cabeças”, de Jean Cocteau, ao lado de Tallulah Bankhead, uma “vamp” célebre por essa década, que muitos consideravam lésbica, mas que Marlon Brando nunca viu nessa condição, mas de que se lamenta do assédio constante. A peça estreou em New England e o actor não aguentou durante muito tempo os beijos devoradores da voluptuosa Tallulah. Foi despedido seis semanas depois, e depois também de bochechar com tudo o que tinha à mão para afastar a língua invasora da sua amante de palco, que o não poupava a novas arremetidas. Chegou a Nova Iorque sem dinheiro, roubado durante a viagem, e sem trabalho. Mas a sorte não o abandonou e Tennessee Williams, que andava à procura de um protagonista para a sua nova peça, escolhe-o, após uma audição histórica. É o próprio dramaturgo quem explica a “descoberta”, em carta enviada à sua agente Audrey Wood: “Não me tinha ocorrido antes como a peça ficaria enriquecida se contratasse um jovem actor para interpretar este papel. Humaniza o carácter de Stanley tornando-o mais produto da brutalidade e insensibilidade da juventude do que de um velho maldoso. Não quero focar a culpa ou o remorso numa personagem determinada, mas mostrar a tragédia da incompreensão e da insensibilidade relativamente aos outros. “
Ou ainda: “A leitura de Brando veio acrescentar um novo valor à peça e foi de longe a melhor que ouvi. Ele parecia ter já criado uma personagem dimensional, do género que a guerra produziu entre os jovens veteranos. Este é um valor que vai muito além de tudo aquilo com que Garfield podia ter contribuído e, para além dos dotes de actor, possui ainda uma extraordinária atracão física e sensualidade, pelo menos tão grande como a de Burt Lancaster.”
A personagem do brutal marido de Stella na obra-prima de Tennessee Williams, que interpretou durante dois anos na Broadway, lança-o definitivamente no sucesso. Entretanto ainda apareceu em “Candida”, de George Bernard e “A Flag Is Born”, uma peça de Ben Hecht, sobre a fundação do estado de Israel.
Por esta altura, impressionado pelas imagens que vai vendo e as notícias que lhe chegavam dos campos de concentração nazis, junta-se à “The American League for a Free Palestine” (Liga Americana para uma Palestina Livre) e recolhe fundos para o movimento judeu clandestino. Havia dois movimentos que actuavam por forma diferenciada, um mais legalista, dirigido pelo leader histórico David Ben-Gurion, outro mais radical, roçando o terrorismo, que tinham como dirigentes mais conhecidos Stern Gang e Irgun Zvai Leumi. Marlon Brando aderiu a estes últimos, embora sentindo alguma simpatia por Ben-Gurion. Data desta época o início da sua actividade política em prol dos direitos humanos, contra o racismo de qualquer espécie e a favor especificamente dos índios americanos.
Entretanto, estreia-se no cinema em 1950, em “The Men”, de Fred Zinnemann, ao lado de Teresa Wright, num papel que à partida não se imaginaria entregue ao recém-criado “sex symbol” que apaixonara Nova Iorque no teatro. Mas a verdade é que Brando é um paraplégico, preso a uma cama ou a uma cadeira de rodas. 
Ken Wilocek, um jovem tenente do exército, é um entre vários inválidos que se encontra num hospital de veteranos na Califórnia. O filme tinha um argumento forte e dramático de Carl Foreman e era uma produção de Stanley Kramer. Marlon Brando, para adquirir alguma experiência como paraplégico fez-se admitir no Birmingham Vererans Hospital, no sul da Califórnia, onde passou três semanas ambientando-se ao tipo de vida e hábitos dos doentes, sem que tanto pessoal como enfermos tenham sido informados. Apenas alguns sabiam que se tratava de um actor. Foi o início de uma carreira brilhante, com algumas dezenas de filmes inesquecíveis.

Filmografia
1. Como Actor
1950: The Men ou “Battle Stripe” (O Desesperado), de Fred Zinnemann
1951: A Streetcar Named Desire (Um Eléctrico Chamado Desejo), de Elia Kazan
1952: Viva Zapata! (Viva Zapata!), de Elia Kazan
1953: Julius Caesar ou “William Shakespeare's Julius Caesar” (Júlio César), de Joseph L. Mankiewicz
1953: The Wild One (O Selvagem), de László Benedek
1954: On the Waterfront (Há Lodo No Cais), de Elia Kazan
1954: Desirée (Desirée, O Primeiro Amor de Napoleão), de Henry Koster
1955: Guys and Dolls (Eles e Elas), de Joseph L. Mankiewicz
1956: The Teahouse of the August Moon (A Casa de Chá do Luar de Agosto), de Daniel Mann
1957: Sayonara (Sayonara), de Joshua Logan
1958: The Young Lions (Os Jovens Leões), de Edward Dmytryk
1959: The Fugitive Kind (O Homem na Pele da Serpente), de Sidney Lumet
1961: One-Eyed Jacks (Cinco Anos Depois), de Marlon Brando
1962: Mutiny on the Bounty (Revolta na Bounty), de Lewis Milestone, Carol Reed (não creditado)
1963: The Ugly American (Sua Excelência, o Embaixador), de George Englund
1964: Bedtime Story (Os Sedutores), de Ralph Levy
1965: Morituri ou “The Saboteur, Code Name Morituri” (Morituri), de Bernhard Wicki
1966: The Chase (Perseguição Impiedosa), de Arthur Penn
1966: The Appaloosa ou “Southwest to Sonora” (Um Homem sem Medo), de Sidney J. Furie
1967: A Countess from Hong Kong (A Condessa de Hong Kong), de Charles Chaplin
1967: Reflections in a Golden Eye (Reflexos num Olho Dourado), de John Huston
1968: Candy ou “Candy e il suo pazzo mondo” (Candy), de Christian Marquand
1968: The Night of the Following Day (A Noite do Último Dia), de Hubert Cornfield
1969: Queimada (Queimada), de Gillo Pontecorvo
1972: The Nightcomers (Os Perversos), de Michael Winner
1972: The Godfather (O Padrinho), de Francis Ford Coppola
1972: Ultimo Tango a Parigi ou “Last Tango in Paris” ou “Le Dernier Tango à Paris” (O Último Tango em Paris), de Bernardo Bertolucci
1976: The Missouri Breaks (Duelo no Missouri), de Arthur Penn
1978: Superman ou “Superman: The Movie” (Super-Homem, o Filme), de Richard Donner
1979: Apocalypse Now (1979) Apocalypse Now Redux (2001) (Apocalipse Now e Apocalipse Now Redux), de Francis Ford Coppola
1979: Roots: The Next Generations (Raizes: A Próxima Geração), de Lloyd Richards, John Erman, Charles S. Dubin, Georg Stanford Brown (mini-série para TV)
1980: The Formula (A Fórmula), de de John G. Avildsen
1989: A Dry White Season, de Euzhan Palcy
1990: The Freshman (O Caloiro da Máfia), de Andrew Bergman
1992: Christopher Columbus: The Discovery (Cristovão Colombo: A Descoberta), de John Glen
1992: The Godfather Trilogy (O Padrinho – A Trilogia), de Francis Ford Coppola
1995: Don Juan DeMarco (Don Juan de Marco), de Jeremy Leven
1996: The Island of Dr. Moreau (A Ilha do Dr. Moreau), de John Frankenheimer, Richard Stanley (não creditado, despedido e substituido por John Frankenheimer)
1997: The Brave (O Bravo), de Johnny Depp
1998: Free Money, de Yves Simoneau
2001: The Score (Sem Saída), de Frank Oz, Robert De Niro (não creditado)
2006: Big Bug Man, de Bob Bendetson, Peter Shin
2. Como Realizador
1961: One-Eyed Jacks (Cinco Anos Depois), de Marlon Brando

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