terça-feira, 11 de março de 2014

SESSÃO 23: 17 DE MARÇO DE 2014


 EVA (1950)
“All About Eve” é um dos filmes de início da década de 50 que se inscreve num sub género dramático, com algumas incursões na comédia, a que se pode chamar “o filme sobre o filme ou sobre o cinema”. Neste caso, um dos primeiros a iniciar esta vaga, não se trata só de cinema, mas do meio o espectáculo, em particular do teatro, com óbvios prolongamentos no cinema. Escrito e dirigido por Joseph L. Mankiewicz, um dos mais inteligentes, lúcidos e rigorosos argumentistas e cineastas desta época, baseado num conto datado de 1946, "The Wisdom of Eve", da autoria de Mary Orr, “Eva” principia num jantar durante o qual são concedidos os prémios de teatro atribuídos por uma instituição chamada “Sarah Siddons”. Tudo relembra os Oscras no início da sua caminhada. Um anfitrião faz o elogio do organismo e da personalidade a premiar, a actriz Eve Harrington (Anne Baxter), recém aparecida nos palcos da Broadway, mas que rapidamente se impôs, sobretudo através da sua composição de Cora na peça “Footsteps on the Ceiling”. Entre a assistência, muitos aplaudem, mas alguns outros limitam-se a sorrir de forma cínica, como o crítico teatral Addison DeWitt (George Sanders), a actriz Margo Channing (Bette Davis) ou a amiga desta, Karen Richards (Celeste Holm), que partindo desta celebração regressa ao passado num flashback que vai ocupar quase toda a obra e nos irá permitir perceber a escalada galopante de Eve Harrington pelos corredores da fama, desde que chegara à porta dos artistas de um teatro da Broadway, onde todas as noites aguardava a entrada da sua actriz predilecta, da sua diva Margo Channing. Depois, prestável e insinuante, foi ganhando a confiança de todos, e, ao mesmo tempo, manipulando nas entrelinhas amigos e conhecidos, aproveitando oportunidades. Algumas das quais ela própria desencadeava de forma cínica e fria, simulando dedicações que não existiam, e projectando-se para uma ribalta com que sempre sonhou. E para a qual parecia igualmente estar predestinada, pelos seus imensos dotes e desmedido talento. 
Temos que daqui resulta um retrato de profunda ambiguidade, de alguém obviamente talentoso, que acaba por merecer o lugar (e o prémio) que alcança, mas cujo percurso para o atingir se revela profundamente indigno, pondo a claro alguns dos vícios e defeitos de uma profissão (infelizmente igual a tantas outras, neste aspecto) cuja imperiosa necessidade de vencer leva a que se não olhem a meios para se atingirem os fins.
Eve começa por servir Margot, oferecer-se para a ajudar em tudo, idolatra-a em palavras e actos, priva com os seus colaboradores e amigos mais íntimos, o dramaturgo e escritor Lloyd Richards (Hugh Marlowe), o encenador Bill Sampson (Gary Merrill), a camareira Birdie (Thelma Ritter), e, obviamente, Karen Richards, a esposa de Lloyd Richards. Torna-se uma amiga indispensável, uma confidente de Margot, até se metamorfosear lentamente na sua rival, naquela que começa por a substituir temporariamente para depois a substituir para sempre. Por trocar a sua juventude pela velhice de Margot. É uma luta de vida e de morte, um confronto sem retrocesso, de alguém que não recua perante nada para poder subir ao palco e receber os aplausos do público.  
O confronto e a luta pelo poder é um dos temas constantes da filmografia de Mankiewicz, que fica magnificamente documentado, por diversas vias, em “All About Eve”. O confronto não se estabelece apenas entre as rivais Eve e Margot, mas igualmente entre Eve e o cínico e sarcástico Addison DeWitt, e, de uma forma ainda mais nítida, entre o teatro e o cinema, entre a Broadway e Hollywood. Tudo em “Eva” parece de início harmonia, para se transformar de forma insidiosa em confronto e luta. Addison DeWitt, que passeia as suas conquistas, quer Eve para si, mas esta, apesar de Addison lhe ser útil, sabe colocá-lo à distância. Também os actores, argumentistas e encenadores da Broadway olham para Hollywood com uma (só aparente) distância e indiferença. Para eles, o teatro é a aristocracia da arte de representar, eles são a elite de uma arte viva, Hollywood é a arte embalsamada e deteriorada para chegar junto das massas. Mas a verdade é que todos respondem à chamada e se encaminham para a Meca do cinema quando lhes acenam com um lugar. Com Eve irá passar-se o mesmo. 
Nada nos diz que Margot não se tenha servido dos mesmos processos para chegar a ser considerada a rainha da Broadway, mas tudo nos diz que Eve não será a ultima a percorrer aquele caminho, pois à porta do seu camarim já se encontra uma nova fã, irradiando idolatria e… ambição. O círculo, que neste caso é mesmo vicioso, está estabelecido. Haverá sempre alguém para substituir alguém, um novo a tomar o lugar de um velho, uma esperança a usurpar o lugar de uma certeza, uma nova fã disposta a tudo para trepar até ao “top of the world”.
No confronto entre teatro e cinema, se este último é como que menosprezado pelos meios teatrais, a verdade é que o filme de Mankiewicz, talvez vingando-se do cineasta nunca ter sido muito bem recebido na Broadway, é fustigado de forma veemente.
O filme tem uma realização extremamente inteligente, como todas as de Mankiewicz, um mestre em rigor e lucidez, e uma interpretação onde é justo destacar todas as personagens femininas. Não terá sido por mero acaso, portanto, que este foi o filme que esteve nomeado para o maior número de Oscars para actrizes até hoje, dois para Melhor Actriz (Bette Davis e Anne Baxter) e dois para Melhor Actriz Secundária (Celeste Holm e Thelma Ritter). Já a distribuição masculina deixa um pouco a desejar, com a excepção do insuperável George Sanders.
A história contada por Mary Orr parece basear-se num facto real, ou pelo menos realatdo enquanto tal pela actriz Elisabeth Bergner que, enquanto representava “The Two Mrs. Carrolls”, entre 1943 e 1944, foi abordada por uma jovem fã, que se colocou ao seu serviço, com resultados muito semelhantes aos descritos no filme. Esta conversa terá servido de base ao livro de Mary Orr, "The Wisdom of Eve", mais tarde confirmadas as ocorrências pela própria Bergner na sua autobiografia “Bewundert viel, und viel gescholten.”
Curioso o facto de o papel de Margot ter sido pensado inicialmente para Susan Hayward (ideia de Mankiewicz) e Claudette Colbert (idealizada pelo produtor Zanuck), passando depois por diversas outras hipóteses (Marlene Dietrich, Gertrude Lawrence, Barbara Stanwyck, Tallulah Bankhead, Ingrid Bergman e mesmo Joan Crawford) mas, por uma razão ou por outra, viria a cair nas mãos de Bette Davis, que o agarrou de imediato.  
Curiosidade ainda o facto de este ser um dos primeiros filmes em que Marilyn Monroe surge num papel secundário (Miss Casswell), mas já com alguma relevância, mostrando já bem o que viria a ser no futuro.

EVA
Título original: All About Eve
Realização: Joseph L. Mankiewicz (EUA, 1950); Argumento: Joseph L. Mankiewicz, segundo história de Mary Orr ("The Wisdom of Eve"); Produção: Darryl F. Zanuck; Música: Alfred Newman; Fotografia (p/b): Milton R. Krasner; Montagem: Barbara McLean; Direcção artística: George W. Davis, Lyle R. Wheeler; Decoração: Thomas Little, Walter M. Scott; Maquilhagem: Ben Nye, Kay Reed; Direcção de produção: Max Golden, Robert R. Snody; Assistentes de realização: Jerry Braun, Gaston Glass, Hal Klein; Departamento de arte: Fred R. Simpson; Som: W.D. Flick, Roger Heman Sr.; Efeitos especiais: Fred Sersen, Jess Wolf; Companhias de produção: Twentieth Century Fox Film Corporation; Intérpretes: Bette Davis (Margo), Anne Baxter (Eve), George Sanders (Addison DeWitt) Celeste Holm (Karen), Gary Merrill (Bill Simpson), Hugh Marlowe (Lloyd Richards), Gregory Ratoff (Max Fabian), Barbara Bates (Phoebe), Marilyn Monroe (Miss Casswell), Thelma Ritter  (Birdie), Walter Hampden, Randy Stuart, Craig Hill, Leland Harris, Barbara White, Eddie Fisher, William Pullen, Claude Stroud, Eugene Borden, Helen Mowery, Steven Geray, etc. Duração: 138 minutos: Distribuição em Portugal: Twentieth Century Fox (DVD); Classificação etária: M/12 anos;  Estreia em Portugal: 17 December 1951.

JOSEPH L. MANKIEWICZ 
(1909 – 1993)
Joseph Leo Mankiewicz nasceu a 11 de Fevereiro de 1909, em Wilkes-Barre, Pensilvânia, EUA, e faleceu a 5 de Fevereiro de 1993, com 83 anos, em Bedford, Nova Iorque, EUA. Filho de um casal emigrante de judeus alemães, Franz Mankiewicz e Johanna Blumenau, Joseph teve dois irmãos, um deles, Herman J. Mankiewicz, famoso argumentista e escritor, autor entre outros do guião de “Citizen Kane”, de colaboração com Orson Welles. Foi casado com Elizabeth Young (1934–1937), Rose Stradner (1939–1958) e Rosemary Matthews (1962–1962).
Instalado em Nova Iorque, em 1924, termina o curso na Stuyvesant High School e forma-se em 1928, na Universidade de Columbia. É correspondente do Chicago Tribune, em Berlim, antes de entrar no mundo do cinema. Trabalhou como argumentista para a Paramount, como produtor para a MGM e começou a realizar na Twentieth Century-Fox. Em seis anos rodou onze filmes e entre 1950 e 1951, com “A Letter to Three Wives” e “All About Eve” conseguiu quatro Oscars consecutivos, dois como Melhor Argumentista e dois como Melhor Realizador. Escreveu 48 argumentos e produziu mais de 20 filmes, além de uma importante, a mais importante, actividade como realizador. Para lá de “A Letter to Three Wives” e “All About Eve”, são absolutamente indispensáveis “Dragonwyck”, “The Ghost and Mrs. Muir”, “House of Strangers”, “5 Fingers”, “Julius Caesar”, uma das mais inteligentes e brilhantes adaptações Shakespeare, “The Barefoot Contessa”, “The Quiet American”, segundo Graham Greene, “Suddenly, Last Summer”, partindo de Tennesse Williams, “Cleopatra”, que ia levando a Foxà falência, “Sleuth” e “The Honey Pot”.
Mankiewicz faleceu em 1993, seis dias antes de perfazer 84 anos, e encontra-se sepultado no Saint Matthew's Episcopal Churchyard, em Bedford, Nova Iorque.
Dando grande importância à palavra, foi um realizador-argumentista requintado no estilo, clássico na abordagem de temas muito pessoais, como a luta pelo poder, os conflitos pessoais, sempre com um bom gosto ascético e uma inteligência aguda, roçando um certo cinismo de análise. Tinha muito de europeu no interior da indústria cinematográfica norte-americana, onde foi muito respeitado.

Filmografia:
Como realizador:
1946: Backfire
1946: Dragonwyck (O Castelo de Dragonwyck)          
1946: Somewhere in the Night (Uma Aventura na Noite)      
1947: The Late George Apley (Tenho Direito ao Amor)         
1947: The Ghost and Mrs. Muir (O Fantasma Apaixonado)                
1948: Escape (Homicídio)
1949: A Letter to Three Wives (Carta a Três Mulheres)       
1949: House of Strangers (Sangue do Meu Sangue)  
1950: No Way Out (Falsa Acusação)   
1950: All About Eve (Eva)       
1951: People Will Talk (Falam as Más-Línguas)
1952: 5 Fingers (O Caso Cícero)
1953: Julius Caesar (Júlio César)                  
1954: The Barefoot Contessa (A Condessa Descalça)
1955: Guys and Dolls (Eles e Elas)
1958: The Quiet American (Um Americano Tranquilo)                     
1959: Suddenly, Last Summer (Bruscamente no Verão Passado)      
1963: Cleopatra (Cleopatra)  
1964: Carol for Another Christmas (TV)         
1967: The Honey Pot (O Perfume do Dinheiro)
1970: King: a Filmed Record...Montgomery To Memphis / Co-realizado com Sidney Lumet / documentário
1970: There Was a Crooked Man... (O Réptil)           
1972: Sleuth (Sleuth: Autópsia de um Crime)           

BETTE DAVIS (1908- 1989)
Ruth Elizabeth Davis ou Bette Davis, também conhecida como “The Fifth Warner Brother” ou “The First Lady of Film”, nasceu a 5 de Abril de 1908, em Lowell, Massachussets, EUA, e viria a falecer, aos 81 anos, em Neuilly-sur-Seine, França, no dia 6 de Outubro de 1989. Foi casada com Harmon Nelson (1932 - 1938), Arthur Farnsworth (1940 - 1943), William Grant Sherry (1945 - 1950) e Gary Merrill (1950 - 1960).
Ganhou dois Oscars da Academia, como Melhor Actriz em 1936, para “Mulher Perigosa” e, em 1939, para “Jezebel, a Insubmissa”, mas foi nomeada por mais nove vezes: 1934: “Of Human Bondage”, 1939: “Dark Victory”, 1940: “The Letter”, 1941: “The Little Foxes”, 1942: “Now, Voyager”, 1944: “Mr. Skeffington”, 1950: “All About Eve”, 1952: “The Star” e 1962: “What Ever Happened to Baby Jane?. Globos de Ouro, como Melhor Actriz, em 1950, por “All About Eve”, em 1961, por “A Pocketful of Miracles”, em 1962, por “What Ever Happened to Baby Jane?” e em 1974, Prémio Cecil B. DeMille pelo conjunto da sua obra. Prémio de Melhor Actriz para o Círculo de Críticos de Nova York, em 1950, por “All About Eve”. Foi “Emmy Awards”, como Melhor Actriz em Mini série ou Filme, em 1979, pelo trabalho em “Strangers: The Story of a Mother and Daughter”. Prémio Cecil B. DeMille. Prémio Honorário do “Screen Actors Guild Life Achievement”. Melhor Actriz, no Festival de Cannes de 1951, em “All About Eve”. César honorário em 1974 (França). Melhor Actriz, no Festival de Veneza (Itália), em 1937, por “Kid Galahad”.
Bette Davis foi uma actriz muito versátil e particularmente dotada, que gostava sobretudo de interpretar personagens algo antipáticas, correndo dramas e melodramas, policiais, comédias ou filmes históricos. Trabalhou no teatro, no cinema e na televisão, quase até ao fim da sua vida, apesar de doente (cancro da mama). Estreou-se no teatro, passou pela Broadway, antes de aparecer em Hollywood, em 1930. As produções da Universal Studios onde participou não faziam prever o sucesso futuro, que começa logo que passa para a Warner Bros. em 1932. Foi um diva incontestada durante os anos 40 e 50, facilmente reconhecida pelo estilo muito pessoal, pela frontalidade e coragem demonstrada nalguns confrontos com estúdios e mesmo realizadores. Com voz forte, cigarro na mão, e imagem desembaraçada, impôs uma personagem inesquecível.
Foi uma das co-fundadoras da Hollywood Canteen, juntamente com John Garfield, Cary Grant e Jule Styne, uma iniciativa criada para angariar fundos para o Exército e entreter soldados norte-americanos durante a II Guerra Mundial e foi a primeira presidente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.
Os pais foram Harlow Morrell Davis, um advogado, e Ruth ("Ruthie") Augusta. A família era protestante, de origem inglesa, francesa e escocesa. Em 1915, depois do divórcio dos pais, “Betty”, como era carinhosamente conhecida, estudou num internato de Crestalban em Lanesborough, cidade do planalto de Berkshire. Em 1921, Ruth Davis mudou-se com as filhas para Nova Iorque, onde trabalhou como retratista. Após assistir às representações de Rudolph Valentino em “Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse” (1921), e Mary Pickford em “O Pequeno Lord” (1921), Betty sentiu que a sua vocação era o teatro e o cinema, no que foi incentivada pela mãe. Frequentou o internato Cushing Academy, em Ashburnham, Massachusetts, onde conheceu seu primeiro marido, Harmon O. Nelson. Em 1926, assistiu a uma representação da peça “O Pato Selvagem”, de Henrik Ibsen, e "mesmo antes da peça começar, eu queria ser actriz. Quando ela terminou, eu tinha que ser uma actriz… exactamente como Peg Entwistle", a protagonista do espectáculo. Tentou entrar no Civic Repertory Theatre, uma companhia de teatro dirigida por Eva LeGallienne, em Manhattan, mas foi rejeitada pela própria LeGallienne, que a acusou de ser "frívola" e "falsa". Pouco depois, seria aceite na John Murray Anderson School of Theatre, onde estudou dança com Martha Graham. Depois de um teste não muito conclusivo na companhia de teatro de George Cukor, este deu-lhe o primeiro papel, o de uma corista numa peça da Broadway, durante uma semana. Depois de andar por Filadélfia, Washington, D.C. e Boston, Bette Davis estreou-se na Broadway, em 1929, com a peça “Pratos Quebrados”, sendo notada por um caçador de talentos da Universal Pictures, que a convidou para um teste em Hollywood. Em The Bad Sister (1931), Davis fez sua primeira aparição nos cinemas, num papel insignificante. O filme, uma série B, é hoje recordado por assinalar as estreias de Bette Davis e Humphrey Bogart no cinema, marcando o nascimento de dois dos mitos maiores da cinematografia mundial. Já sob contrato da Warner, Bette Davis convence os directores a cedê-la à RKO Pictures, para a produção de “Of Human Bondage”, em 1934. O filme, uma adaptação do romance homónimo do britânico W. Somerset Maugham, com Leslie Howard, obteve grande sucesso crítico. A “Life” escrevia que a Mildred Rogers de Bette Davis talvez fosse "a melhor interpretação de uma actriz americana registada em filme". Como o filme não foi nomeado para os Oscars, a actriz Norma Shearer iniciou uma campanha pela nomeação, pressionando a academia, alterando as regras para a votação do ano, permitindo que nomes não presentes nos boletins pudessem ser votados. No ano seguinte, a Warner Bros. deu-lhe o papel principal em “Dangerous”, sendo desta feita oficialmente candidata, e premiada pela primeira vez com o Oscar.
A partir daí coleccionou trabalhos epolgantes, em “Jezebel”, de William Wyler (que foi o grande amor da sua vida, segundo ela própria confessou), “Dark Victory”, “The Private Lives of Elizabeth and Essex”, “All This and Heaven Too”, “The Letter”, “The Little Foxes”; “Now, Voyager”, “Watch on the Rhine”, “Mrs. Skeffington”, “All About Eve”, “The Star”, “A Pocketful of Miracles” ou “What Ever Happened to Baby Jane?” que a juntou à sua rival de estimação, Joan Crawford. Kim Carnes fê-la regressar à fama mundial com a canção “Bette Davis Eyes”, em 1981.

Filmografia
1931: The Bad Sister, de Hobart Henley
1931: Seed (Os Filhos), de John M. Stahl
1931: Waterloo Bridge, de James Whale
1931: Way Back Home, de William A. Seiter
1932: The Menace, de Roy William Neill
1932: Hell's House (Casa de Correcção), de Howard Higgin
1932: The Man who Played God (O Regresso duma Alma), de John G. Adolfi
1932: So Big!, de William Wellman
1932: The Rich Are Always With Us, de Alfred E. Green
1932: The Dark Horse, de Alfred E. Green
1932: The Cabin in the Cotton, de Michael Curtiz
1932: Three on a Match, de Mervyn LeRoy
1933: 20.000 Years in Sing Sing (20.000 Anos em Sing Sing), de Michael Curtiz
1933: Just Around the Corner (curta-metragem)
1933: Parachute Jumper (Em Plenas Nuvens), de Alfred E. Green
1933: The Working Man, d'Alfred E. Green
1933: Ex-Lady (A Intrusa), de Robert Florey
1933: Bureau of Missing Persons (Perdidos para o Mundo), de Roy Del Ruth
1933: The Big Shakedown, de John Francis Dillon
1934: Fashions of 1934 (Música e Mulheres), de William Dieterle
1934: Jimmy the Gent, de Michael Curtiz
1934: Fog Over Frisco (Nevoeiro em São Francisco), de William Dieterle
1934: Of Human Bondage (Escravos do Desejo), de John Cromwell
1934: Housewife, de Alfred E. Green
1935: Bordertown (Um Vencido da Vida), de Archie Mayo
1935: The Girl form Tenth Avenue, de Alfred E. Green
1935: Front Page Woman, de Michael Curtiz
1935: Special Agent (Agente Especial), de William Keighley
1935: Dangerous (Mulher Perigosa), de Alfred E. Green
1936: The Petrified Forest (A Floresta Petrificada), de Archie Mayo
1936: The Golden Arrow (A Flecha de Ouro), de Alfred E. Green
1936: Satan Met a Lady (Relíquia Fatal), de William Dieterle
1937: Kid Galahad (O Mais Forte), de Michael Curtiz
1937: That Certain Woman (Cinzas do Passado), de Edmund Goulding
1937: Marked Woman (A Mulher Marcada), de Lloyd Bacon
1937: It's Love I'm After (A Comédia do Amor), de Archie Mayo
1938: Jezebel (Jezebel, a Insubmissa), de William Wyler
1938: The Sisters (As Irmãs), d'Anatole Litvak
1939: The Old Maid (A Velha Ama), de Edmund Goulding
1939: Juarez (A Derrocada de um Império), de William Dieterle
1939: The Private Lives of Elizabeth and Essex (Isabel de Inglaterra), de Michael Curtiz
1939: Dark Victory (Vitória Negra), de Edmund Goulding
1940: If I Forget You (curta-metragem)
1940: All This, and Heaven Too (Tudo Isto e o Céu Também), de Anatole Litvak
1940: The Letter (A Carta), de William Wyler
1941: The Little Foxes (Raposa Matreira), de William Wyler
1941: Shining Victory (Amargo Triunfo), de Irving Rapper
1941: The Great Lie (A Grande Mentira), de Edmund Goulding
1941: The Bride Came C.O.D. (Uma Noiva Caiu do Céu), de William Keighley
1942: The Man Who Came to Dinner (Hóspede Indesejável ou O Homem que Veio para Jantar), de William Keighley
1942: Now, Voyager (A Estranha Passageira), de Irving Rapper
1942: In This Our Life (Nascida para o Mal)
1943: Watch on the Rhine (Horas de Tormenta), de Herman Shumlin
1943: Old Acquaintance (Velha Amizade), de Vincent Sherman
1943: Thank You Lucky Stars (Brilham as Estrelas), de David Butler
1944: Mr. Skeffington (A Vaidosa), de Vincent Sherman
1944: Hollywood Canteen (Um Sonho de Hollywood), de Delmer Daves
1944: The Corn Is Green (O Coração Não Morre), de Irving Rapper
1946: A Stolen Life (Uma Vida Roubada), de Curtis Bernhardt
1946: Deception (Que o Céu a Condene), de Irving Rapper
1948: Winter Meeting (Encontro no Inverno), de Bretaigne Windust
1948: June Bride (Noiva da Primavera), de Bretaigne Windust
1949: Beyond the Forest (A Filha de Satánas), de King Vidor
1950: All About Eve (Eva), de Joseph L. Mankiewicz
1951: Payment on Demand (A Ambiciosa), de Curtis Bernhardt
1951: Another Man's Poison, de Irving Rapper
1952: Phone Call from a Stranger (Chamada de um Desconhecido), de Jean Negulesco
1952: Four Star Revue (série de TV)
1952: The Star (A Estrela), de Stuart Heisler
1955: The Virgin Queen (A Rainha Virgem), de Henry Koster
1956: The Catered Affair, de Richard Brooks
1956: Storm Center (Tempestade), de Daniel Taradash
1956: The 20th Century-Fox Hour (série de TV) – episódio Crack-Up 
1957: Telephone Time (série de TV) – episódio Stranded 
1957: The Ford Television Theatre (série de TV) – episódio Footnote on a Doll
1957: Schlitz Playhouse of Stars (série de TV) – episódio For Better, for Worse
1957: Schlitz Playhouse of Stars (série TV)
1957: The Ford Television Theatre (série TV)
1957-1958: General Electric Theater (série de TV) – episódios The Cold Touch e With Malice Toward One
1958: Studio 57 (série de TV) – episódio The Starmaker
1958: Suspicion (série de TV) – episódio Fraction of a Second 
1959: The DuPont Show with June Allyson (série de TV) – episódio Dark Morning 
1959: The Alfred Hitchcock Hour (série de TV) – episódio Out There - Darkness 
1959: John Paul Jones (O Capitão Paul Jones), de John Farrow
1959: The Scapegoat (O Outro Eu), de Robert Hamer
1959-1961 Wagon Train (série de TV) – episódios The Bettina May Story, The Elizabeth McQueeny Story e The Ella Lindstrom Story
1961: Pocketful of Miracles (Milagre Por Um Dia), de Frank Capra
1962: What Ever Happened to Baby Jane? (Que Teria Acontecido à Baby Jane?), de Robert Aldrich
1962: The Virginian (série de TV) – episódio The Accomplice 
1963: Perry Mason (série de TV) – episódio The Case of Constant Doyle
1963: La noia, de Damiano Damiani
1964: Dead Ringer (A Morte Bate Três Vezes), de Paul Henreid
1964: Where Love Has Gone (Para Onde Foi o Amor?), de Edward Dmytryk
1964: Hush...Hush, Sweet Charlotte (Com a Maldade na Alma), de Robert Aldrich
1965: The Nanny (A Velha Ama), de Seth Holt
1966: Gunsmoke (série de TV) – episódio The Jailer
1968: The Anniversary, de Roy Baker
1970: Connecting Rooms (O Quarto ao Lado), de Franklin Gollings
1970: It Takes a Thief (série de TV) Touch of Magic
1971: Bunny O'Hare
1972: Madame Sin (Madame Sin), de David Greene
1972: Lo Scopone scientifico (O Jogo da Fortuna e do Azar), de Luigi Comencini
1972: And Presumed Dead, de Morton da Costa
1972: The Judge and Jake Wyler, David Lowell Rich (telefilme)
1973: Scream, Pretty Peggy, de Gordon Hessler David Lowell Rich
1974: Hello Mother, Goodbye! (telefilme)
1976: Burnt Offerings (Férias Macabras) de Gerd Oswald
1976: The Disappearance of Aimee, de Anthony Harvey (telefilme)
1977: Laugh-In (série de TV)
1978: Return from Witch Mountain () de John Hough
1978: Death on the Nile (Morte no Nilo), de John Guillermin
1978: The Children of Sanchez (Conflito de Gerações), de Hall Bartlett
1978: The Dark Secret of Harvest Home (mini série de TV)
1979: Strangers: The Story of a Mother and Daughter, de Milton Katselas (telefilme)
1980: White Mama, de Jackie Cooper (telefilme)
1980: The Watcher in the Woods, de John Hough
1980: Skyward, de Ron Howard (telefilme)
1981: Family Reunion, de Fielder Cook (telefilme)
1982: A Piano for Mrs. Cimino, de George Schaefer (telefilme)
1982: Little Gloria... Happy at Last, de Waris Hussein (telefilme)
1983: Hotel, de Jerry London (série de TV)
1983: Right of Way (O Direito de Escolher), de George Schaefer (telefilme)
1985: Murder with Mirrors, de Dick Lowry (telefilme)
1986: As Summers Die, de Jean-Claude Tramont (telefilme)
1987: The Whales of August (As Baleias de Agosto), de Lindsay Anderson
1989: Wicked Stepmother (A Madrasta), de Larry Cohen

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