terça-feira, 3 de dezembro de 2013

SESSÃO 9: 2 DE DEZEMBRO DE 2013


O FEITICEIRO DE OZ (1939)

“O Feiticeiro de Oz”, cuja realização aparece assinada por Victor Fleming, teve igualmente a colaboração de alguns outros realizadores, segundo rezam as lendas e proclamam os historiadores de cinema: Richard Thorpe rodou cerca de duas semanas; George Cuckor dirigiu dois ou três dias de filmagens; King Vidor terminaria a rodagem (sobretudo as sequências inicial e final, em Kansas), na última semana, pois Victor Fleming já estava noutra, ocupando-se de “E Tudo o Vento Levou”; Busby Berkeley como coreógrafo, mas também com funções de realizador em várias fases do projecto. Mas foi sobretudo o seu produtor, David O. Selznick, um homem com mão de ferro e algum talento, que magicou toda a obra e a transformaria num “clássico” do “musical” e num dos melhores momentos da época de ouro da MGM.
“The Wizard of Oz”, enquanto musical, e obra de eleição, conta com uma fabulosa partitura musical assinada por Harold Arden e E.Y. Harburg nas canções, e música adicional de Herbert Stothart que, conjuntamente com George Stoll, conduziu a orquestra da M.G.M. nas sessões de gravação em estúdio. Mas sabe-se que mais nove compositores tiveram relevantes contribuições, escrevendo e orquestrando excertos desta lendária partitura. Estão neste caso George Bassman, Murray Cutter, Bob Stringer, Paul Marquardt, Leo Arnaud e Conrad Salinger, além de Roger Edens e Ken Darby, que se ocuparam dos arranjos vocais.
Se a génese musical desta obra foi complicada, não menos a terá sido na realização. Em 1939, a MGM, então uma das mais poderosas “majors” de Hollywood, tinha em produção, entre outros, dois mega espectáculos: este “O Feiticeiro de Oz” e ainda “E Tudo o Vento Levou”. Curiosamente, ambos os filmes aparecem assinados por um mesmo realizador, Victor Fleming, ainda que em ambas as obras tivessem surgido vários outros cineastas.
Falemos então da concepção de “O Feiticeiro de Oz”, que, como já vimos, foi muito acidentada. O arranque inicial é dado por Richard Thorpe, um realizador que no princípio da carreira se especializou em filmes de série B, ligado a quase toda a excelente série Tarzan, interpretada por Johnny Weissuller, e que se tornará notado, nos anos 50, pelas suas aventuras históricas: “Ivanhoe”, “O Prisioneiro de Zenda” ou “Os Cavaleiros da Távola Redonda”. Richard Thorpe filma durante doze dias, mas nada do que registou em película seria aproveitado na versão definitiva. Segue-se-lhe George Cukor, que ainda está menos tempo à frente do projecto, mas que acaba por ter uma contribuição decisiva na forma como dirige Judy Garland, ou não fosse Cukor um excelente director de actrizes. Cukor sai da realização de “O Feiticeiro de Oz” para ir tomar conta de “E Tudo o Vento Levou”, onde traçou o perfil de Scarlet O’Hara. Para a direcção de “O Feiticeiro de Oz” vem então Victor Fleming, que assina 90% do material filmado. Mas, quando começam igualmente a surgir problemas com George Cukor e Sam Wood na realização de “E Tudo o Vento Levou”, a MGM envia Victor Fleming para acabar este filme e coloca o seu amigo King Vidor a terminar as sequências de Oz. Curiosamente, todas as cenas filmadas por King Vidor são das mais célebres desta obra - o arranque no Kansas e a sequência do tornado, ou a despedida de Dorothy de Munchkindland.
Victor Fleming, nascido a 23 de Fevereiro de 1883, veio a falecer a 6 de Janeiro de 1949. Inicialmente piloto de carros de corrida, Fleming estreou-se no cinema como fotógrafo, trabalhando com realizadores como Allan Dwan e David W. Griffith e actores como Douglas Fairbanks. Em 1919, passa a realizar os seus próprios filmes. Mas foi entre as décadas de 30 e 40 que assina as suas obras mais conhecidas, como “O Médico e o Monstro”, uma versão interpretada por Spencer Tracy e Ingrid Bergman, “A Star is Born”, “E Tudo o Vento Levou”, “O Feiticeiro de Oz” ou “Joana de Arc”, seu derradeiro título, de 1948.



“O Feiticeiro de Oz” foi adaptado ao cinema por uma vasta equipa de que faziam parte os escritores e argumentistas Noel Langley, Florence Ryerson e E.A. Woolf, mas a que se haveria ainda de acrescentar a colaboração de alguns outros não incluídos no genérico oficial, como Arthur Freed, Herman Mankiewicz, Sid Silvers ou Ogden Nash. L. Frank Baum fora o autor de “The Wonderful Wizard of Oz” (romance escrito em 1899 e publicado no ano seguinte), que estaria na base do filme. Mas, antes de surgir no cinema, passara pelo teatro, num “musical” que percorreu os EUA entre 1902 e 1903. A estreia deu-se na Grand Opera House, em Chicago, a 16 de Junho de 1902, com actores de vaudeville como David Montgomery (O Homem de Lata) e Fred Stone (O Espantalho). A 21 de Janeiro de 1903, o mesmo show aparecia na Broadway, no Majestic Theatre, de Nova Iorque, para uma prolongada estadia de 290 representações (o maior êxito do ano!), que se estenderia depois a uma tournée pelos EUA que duraria até 1911.
Mark Evan Swartz, autor do livro “Oz Before the Rainbow”, aparecido em 2000, determina uma compilação das diferentes adaptações para cinema e teatro conhecidas antes da versão de 1939, e depois, estabelecendo ainda uma listagem de obras directamente influenciadas pelo filme de Fleming. Entre as versões cinematográficas citam-se: “The Wizard of Oz” (1908), “The Wonderful Wizard of Oz” (1910), com Bebe Daniels, uma criança de nove anos no papel de Dorothy, e ainda mais duas versões do mesmo ano, produzidas pela Selig Polyscope Company, uma “Dorothy and the Scarecrow in Oz” (1910), e outra “The Land of Oz” (1910). Em 1914, o próprio escritor, L. Frank Baum, produz três versões, todas oriundas da sua companhia, a Oz Film Manufacturing Company, “The Patchwork Girl of Oz”, “The Magic Cloak of Oz”, e “His Majesty, the Scarecrow of Oz”, que afirmam ser a que segue o livro de mais. Em 1921, surge mais uma “The Wizard of Oz” e em 1925 outra, da Chadwick Pictures, com Bucha e Estica, sendo a realização de Larry Semon. Mas muitas versões mais se poderiam acrescentar à longa lista: “The Scarecrow of Oz” ou “The Land of Oz” (1931), uma curta-metragem de fantasia, uma versão canadiana, de 1933, sem diálogos e com algumas cenas a cores e em animação, uma outra versão de 1938, igualmente em animação.
Depois do filme que imortalizou Judy Garland, apareceu uma versão animada da cadeia de TV ABC, com o título “Off to See the Wizard” (1967) e Sidney Lumet, em 1978, dirigiu “The Wiz”, adaptação do musical da Broadway, de William F. Brown e Charlie Smalls, com Diana Ross na protagonista, e Michael Jackson na personagem do “Espantalho”.


Sendo um dos filmes mais célebres e citados da história do cinema, natural é que seja igualmente dos mais parodiados e homenageados noutras obras de cinema. “The Muppet Movie” (1979) é uma delas, com uma viagem iniciática de Kermit a Hollywood (a sua Terra de Oz), onde para lá de outras referências surge uma versão actualizada de “Somewhere Over the Rainbow”, “The Rainbow Connection”. Mas podem referir-se muitas outras citações: “Under the Rainbow” (1981), “Ozu no Mahotsukai” (1982), animação de Takayama Fumihiko, “Return to Oz” (1985) com Fairuza Balk na figura de Dorothy, numa produção não musical e em imagem real dos estúdios Disney, o belíssimo filme de David Lynch, “Wild at Heart” (1990), que refere Oz, tal como a superprodução de Jan de Bont, “Twister” (1996), onde Dorothy é o nome do tornado. Também Robert Zemeckis, em “Contact” (1997), não esquece Oz, nem a canção "Over the Rainbow", ou um balão de ar quente com a inscrição impressa “This Way to Oz". Em “Face/Off” (1997), de John Woo, "Over the Rainbow" é a canção que se ouve durante uma das cenas chave da película.
O caos que reinou durante as filmagens inspirou Steve Rash para realizar “Under the Rainbow” (1981), uma comédia louca com Chevy Chase, Carrie Fisher e Eve Arden, ambientada nos bastidores da rodagem do filme de 1939.
No teatro, há uma versão da Royal Shakespeare Company, em 1987, e em 2003, estreia, na Broadway, um novo musical, desta feita devido a Stephen Schwartz, intitulado “Wicked”, e baseado no romance de Gregory Maguire, de 1995, “Wicked: The Life and Times of the Wicked Witch of the West”. No Radio City Music Hall de Nova Iorque todos os anos surge, numa curta série de espectáculos, uma versão musical, que recupera o filme de 1939 da MGM. Muito por onde escolher, portanto, mas nenhuma destas inúmeras citações faz jus à fama e celebridade deste filme, cuja canção "Over the Rainbow" foi considerada a melhor canção de sempre aparecida num filme. “O Feiticeiro de Oz” é, pois, há muito um filme verdadeiramente “de culto” na história do cinema, e segundo estatísticas certamente falíveis, mas que se julgam mesmo assim irrecusáveis, o filme mais visto de sempre, e seguramente um dos mais amados. Tendo em conta as vezes sem fim em que continua a passar pelos ecrãs de televisão de todo o mundo, esta é uma afirmação que não sofre grande contestação. Gerações e gerações de pais e filhos já viram, repetidas vezes até, “O Feiticeiro de Oz” e preparam o caminho para outras tantas gerações que aí estão prontas a assistirem às aventuras de Dorothy, uma rapariga do Kansas que, pela magia do cinema consegue viajar “para lá do arco íris”.
O livro começa assim: "Dorothy vivia no meio das grandes pradarias do Kansas, com o tio Henry, que era agricultor, e a Tia Em, que era a mulher do agricultor.” Muitos insistem na veracidade da inspiração do escritor, que tinha referências bem reais para as suas personagens. Mas deve dizer-se também que o romance se baseia vagamente em Lewis Caroll e na sua “Alice”. “O Feiticeiro de Oz” principia por uma sequência a preto e branco, realista, sendo a protagonista a pequena Dorothy, deixando os campos do Kansas, com o seu pequeno cão Totó, levada para um mundo de fantasia, essa Munchkindland de que fala a lenda, depois de um tornado ter devastado a sua aldeia. A seguir é a viagem encantatória, “beyond the rainbow”, por um mundo de fadas, feiticeiros, magos, onde os animais e as plantas falam e dançam, sempre na mira de chegar a Oz, referência final para o seu regresso à realidade e a casa. Na companhia de um espantalho, de um homem de lata e de um leão, Dorothy percorre um universo deliberadamente de estúdio, artificial, reconstruído, insólito e maravilhoso, onde muitas das pessoas com que se cruza diariamente no Kansas se transformam inconscientemente em personagens de um mundo imaginado, sonhado. Judy Garland é Dorothy, Ray Bolger, o espantalho, Bert Lahr, o leão amedrontado, Jack Haley, o homem de lata. O encontro com os pequenos Munchkins e a visita ao castelo do feiticeiro de Oz são momentos de eleição desta obra-prima do cinema em feliz incursão pelos terrenos da fantasia.
É Dorothy quem explica esse mundo onde não existem problemas, “um lugar onde não se vai de barco ou comboio”, “um lugar longe, longe, para lá da lua, para lá da chuva”:
“Somewhere over the rainbow, way up high
There's a land that I've heard of, once in a lullaby
Somewhere over the rainbow, skies are blue
And the dreams that you dare to dream
Really do come true
Some day I'll wish upon a star
And wake up where the clouds are far behind me
Where troubles melt like lemon drops
Away above the chimney tops
That's where you'll find me
Somewhere over the rainbow, blue birds fly
Birds fly over the rainbow
Why then, oh why, can't I?”


Depois de percorrerem a estrada que conduz à Terra de Oz, a Yellow Brick Road, depois de terem derrotado a Bruxa Má do Oeste, Dorothy e os amigos são premiados pelo Feiticeiro de Oz, que lhes permite cumprir os seus desejos mais íntimos - para Dorothy será o regresso a casa e à realidade a que procurou furtar-se e onde torna, enriquecida pela experiência iniciática de uma viagem (tal como Alice). Maravilhoso, como o filme, e a voz de Judy Garland.
Apesar de na sua estreia não ter tido muito sucesso, “O Feiticeiro de Oz” acabaria por ser reconhecido através dos tempos e julga-se hoje em dia que será o filme mais visto de sempre.
A cerimónia de atribuição dos Oscars de 1939 ficou marcada por uma produção cinematográfica de altíssima qualidade. Vejam-se só os nomeados para a categoria de melhor filme do ano: “Dark Victory”, de Edmund Goulding, “Gone With the Wind”, de Victor Fleming; “Goodbye Mr. Chips”, de Sam Wood, “Love Affair”, de Leo McCarey; “Mr. Smith Goes to Washington”, de Frank Capra; “Ninotchka”, de Ernest Lubitch; “Of Mice and Men”, de Lewis Milestone; “Stagecoach”, de John Ford, “The Wizard of Oz”, de Victor Fleming e ainda “Wuthering Heighs”, de William Wyler. No campo da comédia musical, “O Feiticeiro de Oz” ganhou tudo o que tinha a ganhar: melhor banda sonora, da autoria de Herbert Stohart, e melhor canção, “Over the Rainbow”, de Harold Arlen, música, e E.Y. Harburg, poema. Mas o filme seria ainda nomeado, como já vimos, na categoria de melhor filme do ano (produtor Mervyn LeRoy), perdendo para “E Tudo o Vento Levou”, do mesmo Victor Fleming, para lá de disputar os Oscars de melhor decoração de interiores, para Cedric Gibbons e Wiliam A. Horning, melhor fotografia a cores, para Hal Rosson, e melhores efeitos especiais, de som e imagem. Judy Garland ganharia ainda uma estatueta miniatura, destacando o seu trabalho como actriz jovem. Caso raro nos Oscars, um realizador competiu consigo próprio: Victor Fleming encontrou-se em competição com… Victor Fleming de “Gone With the Wind”.
Num dos números da revista “American Quarterly” de 1967, o estudioso Henry M. Littlefield estabelece uma curiosa versão para a interpretação do romance de L. Frank Baum, “The Wonderful Wizard of Oz”, que, diz, se assume como a uma parábola política sobre o Populismo, associando-o mesmo à eleição presidencial de 1896 e ao movimento populista do virar do século XIX para o XX. As conotações e referências directas são múltiplas. Aqui ficam apenas algumas: o Espantalho refere-se aos sensatos mas inocentes agricultores do Oeste; o Homem de Lata remete para os operários das fábricas de Este e a sua desumanização, a Bruxa Má do Este  seria um símbolo dos industriais e banqueiros do Este que controlavam o povo (os Munchkins), as Bruxas boas do Norte e do Sul destinam-se aos poderosos movimentos populistas, o feiticeiro de Oz tanto poderia ser o Presidente Grover Cleveland, como o candidato republicano William McKinley, e o Leão medroso poderia ser lido como referência ao candidato democrata, William Jennings Bryan. Dorothy seria a natureza bondosa e saudável do povo norte-americano. Oz poderia ser a abreviatura de “ounce” (pequeno) e Emerald City seria Washington, D.C.
Como em todas as viagens iniciáticas, a simbologia abre-se às mais diversas interpretações.


O FEITICEIRO DE OZ
Título original: The Wizard of Oz
Realização: Victor Fleming, e ainda não creditados na versão final Richard Thorpe, King Vidor (sequências de Kansas) (EUA, 1939); Argumento: Noel Langley, Florence Ryerson, Edgar Allan Woolf, (e ainda, não creditados na versão final, Irving Brecher, William H. Cannon, Herbert Fields, Arthur Freed, Jack Haley, E.Y. Harburg, Samuel Hoffenstein, Bert Lahr, John Lee Mahin, Herman J. Mankiewicz, Jack Mintz, Sid Silvers) segundo romance de L. Frank Baum (“The Wonderful Wizard of Oz”); Música: George Bassman, George E. Stoll, Robert W. Stringer, e ainda Harold Arlen (canções), H.R. Bishop (canção "Home Sweet Home"), Felix Mendelssohn-Bartholdy ("Scherzo in E Minor"), Modest Mussorgsky ("A Night on Bald Mountain"), Robert Schumann ("Happy Farmer"), Herbert Stothart   (do filme "Marie Antoinette"), Egbert Van Alstyne ("In the Shade of the Old Apple Tree"); Fotografia (p/b e cor): Harold Rosson; Montagem: Blanche Sewell; Dsign de produção: Malcolm Brown, William A. Horning, Jack Martin Smith; Direcção artística: Cedric Gibbons, George Gibson; Coreografia: Busby Berkeley (uma sequência não incluída na versão final); Decoração: Edwin B. Willis; Guarda-roupa: Adrian, Sheila O'Brien, Jack Rohan; Maquilhagem: Jack Dawn; Direcção de produção:  Ulric Busch, Joe Cook, Louis B. Mayer, Keith Weeks; Assistentes de realização: Al Shenberg; Departamento de Arte: William A. Horning, Harry Edwards, A.D. Flowers, Gerald F. Rocket, Elmer Sheeley; Som: Douglas Shearer; Efeitos especiais: A. Arnold Gillespie; Efeitos visuais: Rik Panero; Produção: Mervyn LeRoy, Arthur Freed; Intérpretes: Judy Garland (Dorothy Gale), Frank Morgan (Prof. Marvel, The doorman, The cabbie, o guarda de The Wizard, The Wizard of Oz), Ray Bolger (Hunk, o Espantalho), Bert Lahr (Zeke, o Leão Cobarde), Jack Haley (Hickory, o Homem de lata), Billie Burke (Glinda, a boa feiticeira do Norte), Margaret Hamilton (Miss Gulch, a malvada feiticeira do Oeste, a malvada feiticeira de Este), Charley Grapewin (Tio Henry), Pat Walshe (Nikko), Clara Blandick (Tia Em), Terry (cão Toto), Gladys W. Allison, Nick Ângelo, John Ballas, Franz 'Mike' Balluck, Josefine Balluck, John T. Bambury, Viola Banks, Dorothy Barrett, Amelia Batchelor, Charles Becker, Freda Besky, Billy Bletcher, Henry Boers, Theodore Boers, Robert Bradford, Lorraine Bridges, Buster Brodie, Tyler Brooke, Christie Buresh, Eddie Buresh, Lida Buresh, Betty Ann Cain, Mickey Carroll, Adriana Caselotti, Colonel Casper, Lois Clements, Harry Cogg, Pinto Colvig, Nona Cooper, Tommy Cottonaro, Elizabeth Coulter, Lewis Croft, Frank H. Cucksey, Billy Curtis, Ken Darby, Eulie H. David, Eugene S. David Jr., Sid Dawson, Ethel W. Denis, Prince Denis, Hazel I. Derthick, Abe Dinovitch, Jon Dodson, Gracie Doll, Tiny Doll, Major Doyle, Daisy Earles, Harry Earles, Zari Elmassian, Carl M. 'Kayo' Erickson, Fern Formica, Addie E. Frank, Thaisa L. Gardner, Jackie Gerlich, William A. Giblin, Jack Glicken, Carolyn E. Granger, Phil Harron, Joseph Herbst, Jacob Hofbauer, Shep Houghton, Clarence C. 'Major Mite' Howerton, Helen M. Hoy, Marguerite A. Hoy, James R. Hulse, Charles Irwin, Lois January, Delos Jewkes, Lois Johansen, Virgil Johanson, Robert Kanter, Charles E. Kelley, Jessie E. Kelley, Joan Kenmore, Shirley Ann Kennedy, Frank Kikel, Bernard 'Harry' Klima, Emma Koestner, Mitzi Koestner, 'Willi' Koestner, Karl 'Karchy' Kosiczky, Adam Edwin Kozicki, Joe Koziel, Dolly Kramer, Emil Kranzler, Nita Krebs, 'Little Jeane' LaBarbera, Hilda Lange, Johnny Leal, Ann Rice Leslie, Mitchell Lewis, Bud Linn, Prince Ludwig, Dominick Magro, Carlos Manzo, Howard Marco, Jerry Maren, Johnny Maroldo, Marie Maroldo, Dona Massin, Bela 'Ike' Matina, Lajos 'Leo' Matina; Matthew 'Mike' Matina, Patsy May, Walter Miller, George Ministeri, Abraham Mirkin, Pricilla Montgomery, Harry Monty, Yvonne Moray, Lee Murray, Nels P. Nelson, Margaret C.H. Nickloy, George Noisom, Franklin H. O'Baugh, William H. O'Docharty, Little Olga, Hildred C. Olson, Frank Packard, Nicky Page, Leona M. Parks, Margaret Pellegrini, Johnny Pizo, 'Prince Leon' Polinsky, Lillian Porter, Meinhardt Raabe, Margie Raia, Matthew Raia, Fredreich 'Freddie' Retter, 'Little Billy' Rhodes, Gertrude H. Rice, Hazel Rice, Elvida Rizzo, Rad Robinson, Ruth Robinson, Sandor Roka, Betty Rome, Jimmy Rosen, Donald Rothay, Charley F. Royale, Helen J. Royale, Stella A. Royale, Albert Ruddinger, Sawhorse, Ambrose Schindler, Elise Schultz, Rolfe Sedan, Valerie Shepard, Charles Silvern, Earl Slatton, Oliver Smith, Ruth E. Smith, Elmer Spangler, Robert St. Ângelo, Harry Stanton, Parnell St. Aubin, Carl Stephan, Alta M. Stevens, George Suchsie, Ralph Sudam, Charlotte V. Sullivan, August Clarence Swenson, Betty Tanner, Carol Tevis, Arnold Vierling, Bobby Watson, Gus Wayne, Victor Wetter, Grace G. Williams, Harvey B. Williams, Gladys V. Wolff, Murray Wood, etc. Duração: 101 min /112 min; Distribuição em Portugal: Warner Bros. (DVD); Classificação etária: M/ 6 anos.

VICTOR FLEMING 
(1889-1949)
Victor Lonzo Fleming nasceu a 23 de Fevereiro de 1889, em Pasadena, Califórnia, EUA, e faleceu a 6 de Janeiro de 1949, em Cottonwood, Arizona, EUA, com 59 anos de idade. Casado com Lucile Rosson (1933-1949). Filho de Elizabeth Evaleen, de origem alemã, e de William Alonzo "Lon" Fleming, Victor Fleming passou por vários empregos antes de se integrar na indústria cinematográfica. Foi fotógrafo, durante a I Guerra Mundial, fotografou o Presidente Woodrow Wilson na conferência de paz de Versalhes, mas antes foi mecânico de bicicletas e automóveis, corredor, motorista, vendedor de carros, duplo no “Flying A”, estúdio de Santa Barbara, etc. Um dia conheceu Allan Dwan, que o contratou como motorista e depois e levou para o cinema. Trabalhou com D.W. Griffith, em “Intolerance”, em 1916. Depois da guerra, Fleming regressa ao convívio com o amigo Douglas Fairbanks, iniciando a sua colaboração na United Artists, onde, em 1919, realiza a sua primeira obra, “When the Clouds Roll By”. Vários filmes mudos são películas de acção protagonizadas por Douglas Fairbanks. Em 1932, entra para a MGM onde roda alguns filmes que lhe grangeiam prestígio, como “Red Dust” (1932), “Bombshell” (1933), “Treasure Island” (1934), “Reckless” (1935), ou “Captains Courageous” (1937). Mas as suas obras mais importantes, curiosamente iniciadas por outros realizadores e ambas produzidas no ano de1939, foram “The Wizard of Oz” e “Gone with the Wind”, com que ganhou o Oscar para melhor realizador. Morreu subitamente, vítima de ataque cardíaco, pouco depois de ter completado “Joana d’Arc”, com Ingrid Bergman, e encontra-se sepultado no Hollywood Forever Cemetery, em Los Angeles.

Filmografia:
1919: When the Clouds Roll by (Pesadelos e Superstições)
1920: Woman's Place
1921: Mama's Affair
1922: Anna Ascends
1922: Red Hot Romance
1922: The Lane That Had No Turning
1923: The Call of the Canyon
1923: To the Last Man
1923: Law of the Lawless
1923: Dark Secrets
1924: Code of the Sea
1924: Empty Hands
1925: Lord Jim
1925: A Son of His Father
1925: Adventure
1925: The Devil's Cargo
1926: Mantrap (A Provocadora)
1926: The Blind Goddess (A Deusa da Justiça)
1927: The Rough Riders
1927: Hula
1927: The Way of All Flesh (A Tortura da Carne)
1928: The Awakening (O Despertar)
1928: Abie's Irish Rose (A Rosa da Irlanda)
1929: The Virginian
1929: The Wolf Song
1930: Renegades (Renegados)
1930: Common Clay
1931: Around the World with Douglas Fairbanks (A Volta ao Mundo em 80 Minutos) (documentário)
1932: Red Dust (Terra Abrasadora) (não creditado)
1932: The Wet Parade
1933: Bombshell (não creditado)
1933: The White Sister (A Irmã Branca) (não creditado)
1934: Treasure Island (A Ilha do Tesouro)
1935: The Farmer takes a Wife (A Noiva do Camponês)
1935: Reckless (A Tentação Loira)
1937: Captains Courageous (Lobos do Mar)
1938: Test Pilot (Herói de Hoje)
1939: Gone with the Wind (E Tudo o Vento Levou)
1939: The Wizard of Oz (O Feiticeiro de Oz)
1941: Dr. Jekyll and Mr. Hyde (O Médico e o Monstro)
1941: The Great Waltz (A Grande Valsa) (não creditado)
1941: They Dare Not Love (Após a Derrota) (não creditado)
1942: Tortilla Flat (O Milagre de S. Francisco)
1943: A Guy Named Joe (Um Certo Rapaz)
1945: Adventure (Aventura)
1948: Joan of Arc (Joana d'Arc)

JUDY GARLAND (1922–1969)
Judy Garland nasceu com o nome de Frances Ethel Gumm, a 10 de Junho de 1922, em Grand Rapids, Minnesota, nos EUA, e viria a falecer muito jovem ainda, aos 47 anos, em Chelsea, Londres, Inglaterra, a 22 de Junho de 1969. Desde muito nova que se entregou ao espectáculo, os pais eram artistas de variedades e cantores, Francis Avent "Frank" Gumm (1886-1935) e Ethel Marion Milne (1893-1953), e formou com duas outras irmãs mais velhas, Mary Jane "Suzy" Gumm (1915-64) e Dorothy Virgínia "Jimmie" Gumm (1917-77), um trio a que deram o nome “The Sisters Gumm”, que, depois de muitos espectáculos de teatro de “vaudeville”, se estreou no cinema, em 1929, em “Revue Big”. A última aparição de “The Sisters Gumm” no ecrã surgiu em 1935, em “La Fiesta de Santa Barbara”, uma curta-metragem musical. Passaram então a chamar-se “The Garland Sisters”, dado que Gumm não era nome que soasse bem. Mas o trio não durou muito. Suzanne Garland casou, abandonou a carreira, e também Frances Ethel Gumm foi substituída por Judy Garland. "Judy", como homenagem a uma popular canção de Hoagy Carmichael, e Garland, aí as explicações fiam mais fino e há várias, para todos os gostos, desde uma influência da personagem de Carole Lombard (Lily Garland), até um elogio recebido por telegrama da actriz Judith Anderson, onde se referia a palavra "Garland" (grinalda). É já como Judy Garland que assina o seu primeiro contrato a solo com a MGM. Estávamos em 1935, ela tinha treze, catorze anos 1, 64 m de altura, o pai morrera pouco antes, vítima de meningite, e a “Babe”, como era chamada pelos familiares e amigos, logo passou a “filha da MGM”, onde dominava Louis Mayer, que tinha por hábito alimentar-se sexualmente de todas as suas actrizes.
A seu lado, tinha as “vedetas” da casa, entre as quais Ava Gardner, Lana Turner ou Elizabeth Taylor, e Garland não era o que se pode chamar o “glamour” em pessoa, a uma primeira vista. Na sua idade, não era nem carne nem peixe, e Louis B. Mayer, uma vez recusados os avanços, ao que consta, referia-se a ela como a "pequena corcunda". Mas a popularidade da jovem actriz era muita, sobretudo desde que cantara “You Made Me Love You”, no aniversário de Clark Gable, e posteriormente no “All-Star Extravaganza Broadway Melody”, de 1938, desta feita perante a fotografia do actor. A MGM inventou então a parelha Judy Garland - Mickey Rooney, que apareceu numa série de musicais para adolescentes. O primeiro data de 1940, “Thoroughbreds B Don't Cry”, a que se seguiram mais oito. Mas foi “O Feiticeiro de Oz”, de 1939, que marcaria para sempre a sua carreira e a tornaria imortal, sobretudo através do êxito sem precedentes que foi a sua interpretação do clássico tema “Over the Rainbow”.
Rapidamente Judy Garland se torna dependente de medicamentos e drogas, de álcool e tabaco. Afirma-se que Louis Mayer, “para melhor rentabilizar os serviços da jovem” lhe administrava anfetaminas para a estimular e, depois, barbitúricos para que dormisse quando já não era necessária”.
A sua vida torna-se um carrossel com altos e baixos cíclicos. Profissionalmente, é uma das mais celebradas vedetas dessas décadas de ouro do musical, aparecendo nalguns dos grandes filmes que assinalaram o género. Mas, em simultâneo, a dependência torna-se uma constante, as crises multiplicavam-se, com tentativas de suicídio regulares, e os seus efeitos sobre o trabalho também, com atrasos e ausências a filmagens. Começou várias obras que não terminou, sendo despedida e substituída por outra actriz. Particularmente, a sua vida sentimental era instável. Casou com David Rose (1941-1944), com o cineasta Vincente Minnelli, de cuja ligação nasceu Liza Minnelli, (1945-1951), Sidney Luft (1952-1965), Mark Herron (1965-1967), e Mickey Deans (1969), que a encontrou morta na banheira do seu apartamento, num hotel da capital inglesa.
Em 1999, o “American Film Institute”, numa sondagem entre os seus membros, colocou-a em oitavo lugar, entre as dez maiores estrelas femininas da história do cinema americano. Desde a sua morte, cujo enterro foi acompanhado por mais de 22 mil pessoas, que é um ícone da história do cinema e do espectáculo.

Filmografia:
1929: The Big Revue
1930: Bubbles
1930: The Wedding of Jack and Jill
1930: A Holiday in Storyland
1935: La Fiesta de Santa Barbara, de Louis Lewyn (com “Garland Sisters” ou “The Three Gumm Sisters”)
1936: Every Sunday (curta-metragem)
1936: Pigskin Parade (Diabruras de Estudantes), de David Butler
1937: Broadway Melody of 1938 (Maravilhas de 1938), de Roy Del Ruth
1937: Thoroughbreds Don't Cry (Nasceu um Gentleman)
1938: Everybody Sing (Todos Cantam), de Edwin L. Marin
1938: Listen, Darling (Dois Garotos Endiabrados), de Edwin L. Marin
1938: Love Finds Andy Hardy (Andy Hardy Apaixona-se), de George B. Seitz
1939: The Wizard of Oz (O Feiticeiro de Oz), de Victor Fleming
1939: Babes in Arms (De Braço Dado), de Busby Berkeley
1940: Strike up the Band (O Rei da Alegria), de Busby Berkeley
1940: Little Nellie Kelly (Um Amor de Rapariga), de Norman Taurog
1940: Andy Hardy Meets Debutante (Prosápias de Andy Hardy), de George B. Seitz
1940: If I Forget You
1941: Ziegfeld Girl (Sonhos de Estrelas), de Robert Z. Leonard
1941: Life Begins for Andy Hardy (Andy Hardy Começa a Vida), de George B. Seitz
1941: Babes on Broadway (Primavera da Vida), de Busby Berkeley
1942: For Me and My Gal (O Prémio do Teu Amor), de Busby Berkeley
1943: Presenting Lily Mars (Caminho da Glória), de Norman Taurog
1943: Girl Crazy (Doidinho Por Saias), de Norman Taurog e Busby Berkeley
1943: Thousands Cherr (Sonhos de Estrelas), de George Sidney
1944: Meet me in St-Louis (Não Há Como a Nossa Casa), de Vincente Minnelli
1945: The Clock (A Hora da Saudade), de Vincente Minnelli
1946: The Harvey Girls (A Batalha do Pó de Arroz), de George Sidney
1946: Ziegfeld Follies (As Mil Apoteoses de Ziegfeld), de Vincente Minnelli
1946: Till the Clouds Roll by (Até as Nuvens Passarem), de Richard Whorf
1948: The Pirate (O Pirata dos Meus Sonhos), de Vincente Minnelli
1948: Easter Parade (Quando Danço Contigo), de Charles Walters
1948: Words and Music, de Norman Taurog
1949: In the Good Old Summertime, de Robert Z. Leonard
1950: Summer Stock (Festa no Campo), de Charles Walters
1954: A Star is Born (Assim Nasce Uma Estrela), de George Cukor
1960: Pepe, de George Sidney (só voz)
1961: Judgment at Nuremberg (O Julgamento de Nuremberga), de Stanley Kramer
1962: Gay Purr-ee, de Abe Levitow (só voz)
1963: A Child is Waiting, de John Cassavetes
1963: I Could Go On Singing (Triunfo Amargo), de Ronald Neame

Sobre um espectáculo teatral:
Depois de ter tratado sempre com grande amor e entusiasmo os casos de divas como Amália, Maria Callas ou Edith Piaf, Filipe La Féria lançou-se, recentemente, na evocação de Judy Garland, através da encenação do musical “Judy Garland - O fim do arco-íris”, um original de Peter Quilter, que tem sido bem recebido nos palcos de todo o mundo e agora sobe à cena no Teatro Politeama de Lisboa.
Inglês de nascimento (Colchester), Peter Quilter estudou na Universidade de Leeds, emigrando depois para as Ilhas Canárias, onde reside. Iniciou a carreira como apresentador de televisão, na BBC, e estreou-se como dramaturgo com uma comédia, “Respecting Your Piers”, mais tarde rebaptizada como "Curtain Up", a que se seguiram uma adaptação de Oscar Wilde, “The Canterville Ghost”, o musical, e uma nova comédia, “BoyBand”. O seu primeiro grande sucesso internacional seria, todavia, em 2005, “End of the Rainbow”, que se estreou na Sydney Opera House, na Austrália. Em Inglaterra, surgiu no Royal Theatre de Northampton, com encenação de Terry Johnson, e interpretação de Tracie Bennett. Chegou ao West End londrino, para se instalar no Trafalgar Studios, tendo recebido quatro nomeações para os “Laurence Olivier Awards”, melhor nova peça, melhor actriz, melhor actriz num papel secundário, melhor som. A sua carreira prosseguiu em Madrid, Hamburgo, Rio de Janeiro, e vai estrear nos EUA, a caminho da Broadway, onde conta chegar a 19 de Março deste ano.
Outro musical de grande sucesso do mesmo autor é “Glorious!”, contando-se ainda no seu reportório obras como “Celebrity”, “Just the Ticket”, “Curtain Up!”, “The Nightingales” ou “The Morning After”.
“Judy Garland - O fim do arco-íris” é, como se calcula, uma homenagem à lendária actriz e cantora que nos legou, entre outros, filmes como “O Feiticeiro de Oz” ou “Não Há Como a Nossa Casa”, “O Pirata dos Meus Sonhos” ou “Assim Nasce Uma Estrela”, para só citar alguns.
Foi esta personagem singular, mas não tão singular assim, quando olhamos a história do espectáculo mundial, onde exemplos similares são frequentes, que serviu de base à peça de Peter Quilter, que se centra somente nas últimas semanas de vida da actriz, quando em Londres se encontra a actuar no “Talk of the Town”. A peça mostra o mau feitio da actriz, no seu relacionamento com o seu dedicado pianista, Anthony (Carlos Quintas), e com o seu quinto marido, Mickey Deand (Hugo Rendas), mas, de certa forma, tenta fazer compreender esse génio desesperado pelos amargos de boca por que a actriz passou ao longo de toda a vida. De qualquer forma, este tipo de trabalhos deixa sempre uma certa sensação de ligeira hipocrisia e de aproveitamento pós-mortem. É verdade que Judy Garland, como muitas outras e outros, tiveram vidas sacrificadas, mas também não o é menos que deveria ser muito traumatizante trabalhar com ela, sujeito a todos os seus estados de espírito. Mas a peça parece uma sincera homenagem, não muito brilhante enquanto escrita teatral, mas suficientemente interessante para se acompanhar com agrado.

Filipe La Féria, tal como o país, vive um período de vacas magras, e não se nota em “Judy Garland - O Fim do Arco-Íris” aquele arrojo espectacular que costuma ser seu timbre. A encenação oscila entre dois cenários, o quarto de hotel e o palco do “Talk of the Town”, sendo que é aqui que se passam os momentos mais exaltantes, com a interpretação de Vanessa Silva, como Judy Garland, uma bonita e poderosa voz e uma interpretação que, na noite da estreia, começou naturalmente nervosa e lentamente foi ganhando o palco e admiração dos espectadores. Carlos Quintas e Hugo Rendas cumprem com a habitual dedicação.



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